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Assistir televisão excessivamente aumenta riscos de trombose

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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stokkete/envato
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Segundo um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, assistir televisão excessivamente aumenta riscos de trombose. Conduzido por cientistas da University of Bristol, no Reino Unido, o artigo aponta que 4 horas de TV leva a um aumento de 35% do risco de ser atingido pela doença.

A trombose vem da formação de um coágulo sanguíneo nas veias das pernas que bloqueia o fluxo de sangue, levando inchaço e dor. A maior preocupação dos médicos, nessa hora, é que o coágulo se movimente na corrente sanguínea, processo que ganha o nome de embolia. Se isso ocorre, temos um problema: o pulmão, o coração ou até o cérebro pode ser alvo de graves lesões.

O artigo britânico relembra a relação direta entre o comportamento sedentário e o risco de trombose, algo já levantado por pesquisas anteriores. A ideia foi fazer uma revisão dos trabalhos científicos já publicados sobre o assunto, que ao todo contaram com 131.421 participantes.

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Analisando essas pesquisas, a equipe de Bristol concluiu que telespectadores assíduos têm um risco 35% maior de desenvolver trombose, em relação aos participantes que não assistem TV com frequência. Um ponto ressaltado no artigo é que essa relação não tem a ver com idade, sexo ou mesmo IMC (índice de massa corporal).

A teoria dos cientistas envolvidos nessa meta-análise é que assistir à televisão por muito tempo pode levar a fatores de risco para a trombose, como pressão alta e colesterol alto. Comportamentos alimentares não saudáveis diante da televisão também podem ter um papel importante na relação entre a TV e a trombose. A conclusão do grupo é que se deve praticar atividade física com regularidade e limitar o tempo em frente às telas.

Tipos de trombose

É válido perceber que a trombose pode se manifestar de diferentes formas:

  • Trombose Venosa Profunda (TVP), a forma mais comum, com coágulos nas pernas
  • Trombose arterial, com coágulos que se formam nas artérias e, quando impactam as artérias cerebrais, podem gerar AVC
  • Trombose hemorroidaria, que é quando uma hemorroida tem a formação aguda de trombos

Os tratamentos se concentram em impedir o crescimento do coágulo sanguíneo, impedir que o coágulo avance para outras regiões do corpo e reduzir as chances de recorrência, e são baseados em diluidores do sangue, como anticoagulantes, e a inserção de filtros na maior veia do abdômen para impedir que os coágulos sanguíneos se desloquem para os pulmões.

Fonte: European Journal of Preventive Cardiology, John Hopkins Medicine, CDC