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Armazenamento refrigerado traz dificuldades para vacina da Pfizer e BioNtech

Por| 16 de Novembro de 2020 às 14h18

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Em meio à corrida das vacinas, uma forte candidata tem sido a da Pfizer e BioNTech, que recentemente anunciou 90% de eficácia na prevenção da infecção, de acordo com os dados iniciais do estudo clínico de fase 3. No entanto, as exigências com o armazenamento e distribuição de vacinas em meio à demanda global, que é sem precedentes, estão preocupando os especialistas.

Com os dados definidos para serem divulgados na próxima semana e uma autorização de uso emergencial com probabilidade de ser concedida até o final do ano, uma maneira de garantir a integridade das vacinas assim que chegarem aos seus destinos e quem receberá as primeiras doses permanece, ainda, um mistério. As empresas revelaram o uso de freezers que podem manter a vacina estável por seis meses.

Armazenamento refrigerado

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Mais de 300 freezers estão atualmente em uma fábrica em Michigan (nos EUA). A fábrica de Michigan pode conter 100 milhões de doses, e os executivos da empresa acreditam que é o suficiente para armazenar as doses necessárias para o embarque.

Em uma entrevista ao Yahoo Finance, Tanya Alcorn, vice-presidente da cadeia de suprimentos da Pfizer, observou que a empresa tem estudos de estabilidade em andamento para ver se as vacinas podem permanecer nos freezers por mais tempo sem estragar. As vacinas serão transferidas dos freezers para caixas com monitoramento contínuo via GPS, para garantir que a temperatura permaneça controlada.

Em vez de depender do processo de distribuição do governo federal, a empresa está entregando vacinas diretamente aos sistemas de saúde e outros destinatários prioritários. Os contêineres de embarque usam gelo seco, que pode ser substituído, para manter a temperatura de -70ºC por até 15 dias.

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Usar dispositivos GPS é uma nova estratégia para a Pfizer, já que a maioria dos dispositivos de monitoramento aprovados fornecem dados de temperatura somente após a chegada. Para monitorar essas remessas, a Pfizer está montando uma torre de controle da cadeia de abastecimento que garantirá o monitoramento em tempo real, bem como a capacidade de intervir se qualquer mudança na temperatura for detectada para evitar estragar as vacinas. Assim que as remessas chegarem ao seu destino, cabe ao usuário final manter a integridade da vacina.

A empresa também está começando a trabalhar em uma forma de vacina que não requer a cadeia de ultra-frio. “A Pfizer e a BioNTech estão explorando ativamente uma apresentação liofilizada do BNT162b2, que acreditar ser mais estável em temperaturas de geladeira do que a formulação de líquido congelado atual”, disse um porta-voz ao Yahoo Finance. “A Pfizer está procurando levar esta formulação ao mercado para atender às necessidades dos pacientes potencialmente até 2022", acrescentou.

A BNT162b2 depende de duas doses para promover a imunização completa contra o agente infeccioso. No Brasil, o Centro Paulista de Investigação Clínica (CEPIC) testou a vacina em duas mil pessoas. O imunizante carrega um RNA mensageiro que estimula o organismo a produzir uma proteína específica do coronavírus. Depois de produzida, o sistema imunológico pode reconhecer a vacina como um antígeno e, assim, cria imunidade contra a doença. Caso o estudo clínico seja concluído com sucesso, essa será a primeira vacina produzida e aprovada a partir do uso do mRNA.

Fonte: Yahoo