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Após transplante de útero, 19 mulheres tiveram gestações bem-sucedidas nos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Julho de 2022 às 17h30

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CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

Mais da metade das mulheres que receberam um transplante de útero nos Estados Unidos teve gestações bem sucedidas, segundo estudo. Entre os anos de 2016 e 2021, 33 mulheres estadunidenses foram submetidas à operação, e 19 delas (58%) deram à luz, totalizando 21 bebês. As informações são de pesquisadores do Jama Surgery.

Todas as pacientes tinham o que se chama infertilidade absoluta do fator uterino, ou seja, não tinham o órgão ou precisaram removê-lo devido a complicações clínicas. As cirurgias de transplante foram realizadas na Universidade Baylor, Clínica Cleveland e Hospital da Universidade da Pensilvânia, e estão entre as mais de 100 realizadas até agora.

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Detalhes e resultados

Em 74% das receptoras dos úteros transplantados, o órgão ainda funcionava um ano após a operação. Dessas pacientes, 83% tiveram filhos nascidos vivos, todos por cesariana, numa média de 14 meses depois do transplante. Mais da metade nasceu após 36 semanas de gestação. Para evitar o uso de drogas imunossupressores pelo resto da vida, o útero transplantado é removido das receptoras após darem à luz.

Nos Estados Unidos, onde a saúde é privada, o custo da cirurgia pode ser um impeditivo para muitas mulheres: o transplante de útero, especificamente, é considerado um tratamento de fertilidade. Por conta disso, algumas seguradoras podem se recusar a cobrir o valor do procedimento. A discussão da cobertura dos seguros a transplantes de útero envolve temas mais gerais acerca de cuidados de infertilidade no país.

Em dois terços dos transplantes nos EUA, o útero veio de uma doadora viva: aproximadamente 1 em cada 4 sofreu alguma complicação da cirurgia. Segundo os pesquisadores envolvidos, mais de um milhão de mulheres estadunidenses poderia se beneficiar da cirurgia de transplante de útero, agora que sua eficácia foi comprovada.

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O estudo sobre os procedimentos foi publicado na revista científica Jama Network, na última quarta-feira (6).

Fonte: Jama Network