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Após estudo surpreendente, remédio da GSK contra câncer deve chegar ao Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Junho de 2022 às 15h16

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National Cancer Institute/Unsplash
National Cancer Institute/Unsplash

Em agosto, deve desembarcar um novo remédio contra o câncer, desenvolvido pela farmacêutica GSK no Brasil: o anticorpo monoclonal dostarlimab — comercialmente, chamado de Jemperli. A medicação pode ser prescrita para o tratamento de tumores no endométrio, mas ficou recentemente famosa pelos resultados de um estudo surpreendente contra o câncer retal.

Publicado na revista científica New England Journal of Medicine, o pequeno estudo sobre o remédio da GSK apontou para a remissão do câncer retal em 12 pacientes tratados por seis meses, sem a necessidade de quimioterapia. Os testes com o novo tipo de imunoterapia foram liderados por cientistas do Memorial Sloan Kettering (MSK), nos Estados Unidos.

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Por enquanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) somente concedeu a autorização de uso do novo anticorpo monoclonal para pacientes com câncer endometrial recorrente ou avançado com deficiência de enzimas de reparo (dMMR) ou alta instabilidade de microssatélite (MSI-H). A autorização foi publicada em março deste ano.

No futuro, é possível que a GSK Brasil também solicite uma extensão no uso do medicamento oncológico, o que permitirá alterar a bula e incluir o tratamento do câncer retal. No momento, o pedido ainda não foi realizado.

Tratamento de tipo raro de câncer de endométrio

Por enquanto, o anticorpo monoclonal dostarlimab deve ser usado no tratamento de dois tipos raros de câncer que acometem o tecido que reveste a parede interna do útero, ou seja, o endométrio. As duas formas da doença são raras e, em geral, têm prognóstico ruim. Após o diagnóstico, a média de vida dificilmente passa de 12 meses.

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“O Jemperli é uma nova terapia importante contra um tipo de câncer que possui opções limitadas de tratamento. A aprovação dessa terapia traz uma nova esperança para essas pacientes, que têm necessidades significativas de tratamentos mais eficazes”, afirmou Vanessa Fabrício, Diretora Médica de Oncologia da GSK, em comunicado.

Vale explicar que a medicação é um anticorpo monoclonal humanizado e este age como inibidor da interação da proteína PD-1 com os ligantes PD-L1 e PD-L2. Quando este tipo de interação ocorre (não é inibida), há o bloqueio da resposta do sistema imunológico contra os tumores e, dessa forma, a doença avança de forma mais simples. O medicamento impede que as defesas do corpo sejam travadas, o que tende a melhorar a resposta ao tratamento.

Fonte: GSK, com informações de Estadão