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Ao invés de matar, Rússia anuncia que vai vacinar visons contra COVID-19

Por| 25 de Novembro de 2020 às 22h00

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 Derek Naulls / Pixabay
Derek Naulls / Pixabay

No início do mês, o governo da Dinamarca anunciou que irá abater milhões de visons em mais de mil fazendas, citando preocupações de que uma mutação no novo coronavírus que infectou o vison poderia interferir na eficácia de uma vacina para humanos. Na última terça-feira (24), a Rússia anunciou o mesmo temor, mas em resposta a isso, planeja vacinar seus visons contra a COVID-19.

O governo dinamarquês anunciou, na época, que uma mutação poderia interferir na eficácia de futuras vacinas. O governo notificou a Organização Mundial de Saúde sobre a mutação do vírus, e também disse que 12 pessoas na região da Jutlândia são conhecidas por terem o vírus e que ele mostra uma reação fraca a anticorpos. Os visons são da família das doninhas, junto com os furões, que são facilmente infectados com o coronavírus. Os furões parecem apresentar sintomas leves. Eles são mantidos em condições de superlotação ideais para espalhar um vírus, e podem adoecer e morrer. 

A Dinamarca informou a OMS sobre uma série de pessoas infectadas com coronavírus com algumas alterações genéticas, e se dedicou a investigar o significado epidemiológico e virológico dessas descobertas, decidida a eliminar a população de visons.

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Por outro lado, a entidade fiscal federal da agricultura da Rússia, Rosselkhoznadzor, está testando atualmente uma vacina, e começará a vacinar os animais assim que os testes forem concluídos, segundo o proprietário da empresa estatal russa Ivan Nesterov ao veículo de comunicação Zvezda. “A Rússia não tem nenhum dado científico verificado sobre a transmissão da doença de visons para humanos. Fizemos pesquisas e não encontramos nenhuma COVID-19 entre os animais”, disse Nesterov na ocasião.

Nesterov não especificou o cronograma de vacinação do vison ou se vai coincidir com a campanha de vacinação em massa na população russa, que deve começar em 2021. Enquanto isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não encontrou grandes diferenças nos sintomas, gravidade ou transmissão entre a mutação relacionada ao vison e outras cepas de COVID-19.

Anteriormente, criadores de vison russos disseram em entrevista ao The Moscow Times que não têm planos de seguir o exemplo de seus colegas europeus na destruição de suas populações de vison, já que não houve infecção confirmada de coronavírus entre os visons no país em questão.

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Fonte: The Moscow Times