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Anvisa só proibiu a venda de um produto da Fugini; entenda

Por  • Editado por  Luciana Zaramela  | 

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Fidel Forato/Canaltech
Fidel Forato/Canaltech

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou “falhas graves de boas práticas de fabricação” de alimentos da marca Fugini, exclusivamente na fábrica de Monte Alto, no interior de São Paulo. Para evitar possíveis problemas aos consumidores, a agência tomou inúmeras medidas preventivas, mas essas não afetam a maioria dos produtos disponíveis no mercado, exceto alguns lotes de maionese.

Em outras palavras, molhos de tomate, conservas vegetais (ervilha, milho e seleta) e mostardas da Fugini podem ser vendidos nos supermercados, sem problemas e sem qualquer risco envolvendo a saúde do consumidor. Afinal, a Anvisa não detectou nenhum problema anterior envolvendo questões de “higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas e rastreabilidade”. Os problemas teriam sido identificados apenas na última visita que aconteceu na segunda-feira (27).

“Caso o produto existente na residência seja qualquer outro produto da marca Fugini [que não pertença ao lote de maioneses], esclarece-se que não há orientação de restringir o consumo”, frisou a Anvisa para o jornal O Globo.

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Como a medida da Anvisa afeta os alimentos da Fugini, então?

Os desdobramentos das resoluções da Anvisa podem ser resumidos em dois principais pontos:

  • Primeiro impacto da decisão da Anvisa para a Fugini: está — e continua nesta sexta-feira (31) — suspensa a fabricação, a comercialização, a distribuição e o uso de todos os alimentos da marca Fugini, encontrados na fábrica de Monte Alto no momento da vistoria da Anvisa. Em outras palavras, o estoque não pode ir para os supermercados. Veja que, aqui, não usamos o verbo proibir;
  • Segundo impacto: a Anvisa determinou o recall de alguns lotes de maionese da marca. “A medida foi adotada em razão do uso de matéria-prima vencida na fabricação da maionese”, explica a agência. Estes itens, sim, estão proibidos.

Para ser mais preciso, a Anvisa detalha que "a medida proíbe a comercialização, a distribuição e o uso, e determina o recolhimento de todas as apresentações de maioneses das marcas Fugini e Ramy [outro nome comercial para produtos da fábrica], com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024. A proibição vale também para todos os lotes que irão vencer em dezembro de 2023, com numeração iniciada por 354".

O que fazer com a maionese da Fugini?

De acordo com a Anvisa, estabelecimentos comerciais, como restaurantes e supermercados, ou consumidores que tenham lotes da maionese mencionada devem entrar em contato com a Fugini. A empresa é responsável pelo recolhimento do produto que foi produzido de forma irregular, sem seguir os princípios de boas práticas.

Posicionamento da marca após decisão da Anvisa

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Em comunicado da marca, divulgado na quinta-feira (31), a Fugini confirma que o lote de maionese foi produzido com um ingrediente fora da validade, mas minimizou a concentração do item na receita. “Reiteramos que toda nossa linha de produtos segue sendo comercializada normalmente nos pontos de varejo, com a qualidade de sempre”, completa a nota.

Fonte: Anvisa e O Globo