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Anvisa pede inclusão de possíveis efeitos colaterais na bula da vacina de Oxford

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Abril de 2021 às 21h40

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Nesta quinta-feira (8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou alterações na bula da vacina de Oxford/Astrazeneca contra a COVID-19. Mais precisamente, a inclusão de novas informações: possíveis efeitos colaterais por ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia. Isso acontece logo após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciar um risco raríssimo de trombose relacionado com a vacina em questão.

Segundo a Anvisa, tratam-se de casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia, ou seja, diminuição do número de plaquetas (fragmentos de células que ajudam a coagular o sangue) e, em alguns, sangramentos que podem estar associados ao uso da vacina. A agência diz, no comunicado, que casos foram relatados em alguns países. 

Mesmo com essa possibilidade de efeitos colaterais, a agência recomenda continuar a vacinação com o imunizante, já que os benefícios superam os riscos do uso da vacina. O Brasil administrou 4 milhões de doses da Covishield (como é chamada a vacina de Oxford) e registrou 47 casos suspeitos de eventos adversos tromboembólicos, apenas um deles associado à trombocitopenia. Mas até o momento, segundo a própria Anvisa, não foi possível estabelecer uma relação direta entre esses 47 casos.

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A agência ainda diz que o risco de ocorrência de coágulos sanguíneos é muito baixo, mas que o cidadão deve estar atento a possíveis sintomas: falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor abdominal persistente, dores de cabeça fortes e persistentes ou visão turva. Ainda assim, a Anvisa ressalta que a maioria dos efeitos colaterais que ocorrem com o uso da vacina são de natureza leve e transitória, não permanecendo mais do que poucos dias.

A vacina de Oxford é produzida aqui no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e utiliza um vírus inativado, o adenovírus, como vetor de parte do material genético do SARS-CoV-2, que produz a proteína que gera a resposta imune. Segundo especialistas, a única contra-indicação absoluta é ter histórico de alergia grave a um dos componentes da vacina, mas há outras situações que devem ser avaliadas caso a caso, como gestação, amamentação e imunossupressão.

Fonte: Agência Brasil