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Antes da 3ª dose, OMS pede que doações de vacinas da COVID se concretizem

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Com uma lista crescente de países anunciando ou implementando a distribuição da terceira dose das vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a defender a necessidade de que a imunização seja mais igualitária. Nesta quarta-feira (8), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que as doses de reforço contra a COVID-19 não sejam distribuídas até o final deste ano. 

Durante a coletiva de imprensa, Tedros reconheceu que a terceira dose das vacinas contra a COVID-19 pode ser necessária para grupos de risco. Por outro lado, "não desejamos ver o uso generalizado de reforços para pessoas saudáveis ​​que estão totalmente vacinadas”, pontuou o diretor-geral da OMS. Isso porque inúmeros países estão com uma baixa porcentagem da população imunizada por não terem doses disponíveis.

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“Não vou ficar calado enquanto as empresas e os países que controlam o fornecimento global de vacinas acharem que os pobres do mundo devem ficar satisfeitos com as sobras [das vacinas contra a COVID-19]”, defendeu Tedros. “Como os fabricantes priorizaram ou foram legalmente obrigados a cumprir acordos bilaterais com países ricos dispostos a pagar mais caro, os países de baixa renda foram privados das ferramentas para proteger seu povo”, explicou.

Entrega de vacinas da COVID prometidas

De acordo com dados da OMS, cerca de 5,5 bilhões de doses da vacina contra o coronavírus já foram administradas até agora. No entanto, a maioria dessas doses — cerca de 80% — foram para países de renda alta e média renda. Segundo a plataforma Our World in Data, apenas 1,9% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose.

Em paralelo, Tedros lembrou que inúmeras nações se comprometerem em doar doses de vacinas contra a COVID-19, o que aumentaria o acesso mais igualitários dos imunizantes. Os países ricos se ofereceram para doar 1 bilhão de doses a outras nações, mas menos de 15% dessas doses "se materializaram", disse Tedros. “Não queremos mais promessas. Queremos apenas as vacinas”, reforçou.

Sobre os pedidos de adiamento da aplicação da terceira dose, Tedros comentou que “há um mês [em agosto], solicitei uma moratória global das doses de reforço, pelo menos até o final de setembro, para priorizar a vacinação das pessoas em maior risco ao redor do mundo que ainda não receberam sua primeira dose”. No entanto, "houve pouca mudança na situação global desde então”.

Fonte: ABC News