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AIDS: novo tratamento contra HIV utiliza um único comprimido diário

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Julho de 2021 às 12h05

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Miguel Á. Padriñán/Pixabay
Miguel Á. Padriñán/Pixabay

Na busca por melhores soluções para o tratamento de pacientes que convivem com o HIV, a companhia ViiV Healthcare — parte da farmacêutica britânica GSK — anunciou os resultados positivos de estudo de Fase 3, feitos com um único comprimido diário para o controle da infecção. A fórmula do comprimido mescla dois remédios, o dolutegravir e o lamivudina, e pode ser usado por pessoas com mais de 12 anos.

O estudo randomizado que investigou a nova medicação para pacientes infectados com o vírus da AIDS recebeu o nome de SALSA. Por meio dele, foi possível verificar que a mudança do coquetel para uma terapia composta pela combinação de dois medicamentos (dolutegravir 50 mg e lamivudina 300 mg) é eficaz e segura.

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Com isso, modifica-se a ideia de que pessoas que convivem com HIV — e que estejam com uma carga viral indetectável — precisam de três medicamentos diários para manter a doença controlada, segundo nota divulgada pela GSK.

Entenda o estudo sobre o novo medicamento do HIV

Para verificar a eficácia e segurança do medicamento, foram incluídos grupos de mais de 120 locais do globo, somando voluntários na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico, América do Sul e África. No caso brasileiro, a medicação foi testada em cinco centros de pesquisas, envolvendo 39 pacientes.

Além disso, o estudo englobou uma proporção significativa de participantes do sexo feminino (39%), voluntários com 50 anos ou mais (39%) e pessoas de diferentes origens raciais (59% branco; 19% preto; 14% asiático). No total, esses indivíduos foram acompanhados por 48 semanas, sem registrar nenhum caso de falha virológica ou de desenvolvimento de resistência ao remédio.

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"O SALSA trouxe uma população abrangente e diversificada, incluindo uma porcentagem significativa de mulheres, pessoas acima de 50 anos e de diferentes etnias. Com isso, conseguimos reunir uma amostragem mais real da população que vive com HIV e mostrar que elas podem manter a doença sob controle tomando menos medicamentos e não colocando a supressão viral em risco", comentou Kimberly Smith, Chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da ViiV Healthcare.

"Embora a pandemia tenha gerado um impacto significativo, a equipe e os pesquisadores juntaram esforços e conseguiram manter os estudos clínicos em andamento. Mandamos medicamentos para as casas dos pacientes, fizemos atendimentos onlines, e, um ano depois, estamos orgulhosos por estar conseguindo compartilhar esses dados", explicou Smith. Agora, a expectativa é que a nova forma de tratamento possa facilitar a "adesão à terapia antirretroviral e ampliação da expectativa de vida" desses pacientes.

Tratamento no Brasil

No Brasil, o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (DCCI), desde dezembro de 2019, considera a possibilidade de utilização de dolutegravir e lamivudina em comprimidos separados para pacientes virologicamente suprimidos. Nesses casos, é necessário que o paciente tome o coquetel diário.

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No novo formato, a medicação está disponível nos EUA, no Japão e em outros países da Europa, por exemplo. Quanto ao público brasileiro, a empresa informa que já deu entrada na solicitação de uso para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, aguarda a sua aprovação.

Para conferir o estudo completo sobre o novo medicamento, disponibilizado pelas empresas GSK e ViiV Healthcare, clique aqui.