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Adoçantes são tão saudáveis quanto se pensa?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Dezembro de 2022 às 10h28

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Towfiqu barbhuiya/Unsplash
Towfiqu barbhuiya/Unsplash

Adoçantes artificiais, como sucralose e sacarina, são considerados opções mais saudáveis que o tradicional açúcar. Basicamente, são aditivos sem calorias, capazes de adoçar um produto. Por muito tempo, se acreditou também que ajudavam na perda de peso e que podiam controlar o diabetes, mas novas evidências científicas questionam os seus efeitos no corpo.

Vale lembrar que os adoçantes não estão presentes apenas em refrigerantes zero açúcar ou no cafezinho que tomamos todos os dias. Se olharmos para a lista de ingredientes de alguns produtos insuspeitos, como molhos, pães, macarrão instantâneo e batatas fritas, é possível identificar a presença do adoçante.

OMS deve mudar o seu posicionamento sobre o uso de adoçantes

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Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um parecer preliminar sobre o uso de adoçantes e, no momento, está aberta uma consulta pública sobre o tema. Novas diretrizes envolvendo o consumo deste tipo de aditivo devem ser divulgadas em abril de 2023.

Hoje, os indícios indicam que o parecer da OMS deve ser contrário ao senso comum de que adoçantes podem ser benéficos. Por exemplo, os pesquisadores da organização identificaram que consumir adoçantes de forma exagerada estava associado a um risco aumentado de diabetes tipo 2 e de doenças do coração.

As pesquisas também revelaram que indivíduos que consomem muitos produtos com adoçantes eram mais propensas a ganhar peso a longo prazo. No entanto, o consumo excessivo do açúcar era ainda mais negativo neste aspecto.

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Por enquanto, a OMS lembra que "não há um consenso claro sobre o fato dos adoçantes sem açúcar serem eficazes para perda de peso a longo prazo ou se estão ligados a outros problemas de saúde a longo prazo".

Adoçantes podem aumentar risco de problemas da saúde bucal

No campo das revisões sobre os efeitos dos adoçantes, pesquisadores da University of Sydney, na Austrália, investigaram o risco deste tipo de consumo em crianças. O estudo completo foi publicado na revista científica Australian and New Zealand Journal of Public Health.

No levantamento, as crianças que consumiam, por dia, mais de 250 ml de bebidas adoçadas artificialmente tinham mais chances de ter problemas que envolvem a saúde bucal, como dor de dente. Entre as bebidas mais consumidas, estavam as do tipo energéticas e a água saborizada.

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Por que ainda consideramos os adoçantes saudáveis?

Para entender o atual momento de questionar o quão saudáveis os adoçantes são, é preciso saber que, por muitos anos, os estudos se concentravam apenas no risco deste tipo de aditivo ser cancerígeno ou não. Neste ponto, as principais agências reguladoras ainda o consideram seguros, mas estudos emergentes começam a apontar o contrário. O próximo relatório da OMS também deve ser decisivo nessa questão.

Publicado na revista PLOS Medicine, uma equipe internacional de pesquisadores revelou que o consumo de adoçante artificial pode aumentar em 13% o risco de câncer. Na pesquisa, o aspartame e o acessulfame-K foram os adoçantes artificiais mais consumidos entre os participantes.

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Afinal, como adoçar bebidas e alimentos?

Aqui, é importante destacar que, quando pensamos no consumo de coisas adocicadas, é importante moderação, independente do uso de adoçantes artificiais ou do açúcar. Afinal, o açúcar comprovadamente aumenta o risco de diabetes, doenças cardíacas, derrames e ganho de peso, além de provocar problemas envolvendo a saúde bucal.

Por isso, se possível, adoce sempre suas bebidas ou receitas com produtos realmente naturais, como frutas ou mel que não foi processado. Nesse quesito, um estudo recente revelou que o produto das abelhas pode reduzir o colesterol ruim e ainda protege o coração. Outra alternativa é simplesmente não adoçar, o que pode ser feito de forma gradual, diminuindo a cada dia o consumo.

Fonte: OMS, The Guardian e Australian and New Zealand Journal of Public Health