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Abusos na infância podem levar a esclerose múltipla na vida adulta

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Abril de 2022 às 13h01

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davidpereiras/envato
davidpereiras/envato

Abusos na infância podem levar a esclerose múltipla na vida adulta, de acordo com um artigo publicado na revista científica Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry. Para chegar a essa afirmação, pesquisadores acompanharam o caso de 78 mil mulheres norueguesas, dentre as quais 14,5 mil sofreram algum abuso físico ou emocional quando crianças.

A esclerose múltipla é uma condição autoimune, e acontece quando o sistema imunológico ataca erroneamente o cérebro ou a medula espinhal, de modo que as mensagens que viajam ao longo dos nervos ficam lentas ou interrompidas. Fatores genéticos e ambientais integram possíveis causas. A condição costuma ser diagnosticada principalmente em mulheres de 20 a 30 anos.

Do total de participantes do estudo, 300 desenvolveram esclerose múltipla, e 71 (o equivalente a 24% das que foram diagnosticadas com a doença) relataram um histórico de abuso infantil. Das mulheres que não desenvolveram esclerose múltipla, 19% relataram um histórico de abuso nessa fase.

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Os resultados sugerem que o abuso sexual, emocional ou físico durante a infância pode aumentar o risco da condição autoimune. Se a exposição tiver sido a mais de um desses abusos, o risco fica ainda maior, conforme apresenta o estudo.

No entanto, os próprios pesquisadores reconhecem a possível interferência de variáveis como nutrição na infância e tabagismo dos pais, por exemplo, uma vez que podem aumentar o risco. Além disso, o artigo não se aprofundou nas informações sobre o abuso em si, como a idade em que aconteceu ou se as vítimas tiveram algum tipo de apoio emocional após o evento.

A conclusão da equipe, de qualquer forma, é que esses tipos de abuso na infância podem causar desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que fazem parte do sistema neuroendócrino e ajudam a controlar as reações ao estresse e regula diferentes processos corporais. Essa influência pode levar ao estresse oxidativo e induzir um estado pró-inflamatório na idade adulta.

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Fonte:  Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry, NHS