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5 doenças ainda sem cura encontrada pela ciência

Por| 16 de Janeiro de 2021 às 10h00

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Reprodução: user3802032/Pixabay
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São incontestáveis os níveis de avanço da medicina nos dias de hoje. Cada vez mais médicos, cientistas e pesquisadores em geral descobrem novas informações sobre o corpo humano e as doenças que o afetam, trazendo mais possibilidades de tratamento e até mesmo cura.

No entanto, muitas doenças ainda seguem com poucas respostas, intrigando os cientistas, pacientes e familiares que não sabem como fazer o tratamento e muito menos como chegar à cura. Algumas condições que interferem no dia a dia e trazem desconforto podem ser controladas com o uso de medicamentos, mudança no estilo de vida e apoio emocional, enquanto outras permitem uma vida “normal” na maioria do tempo, exigindo pouco cuidado.

Mas uma doença que pode ser tratada não significa, necessariamente, que um dia será curada — e é exatamente esse fator que mais intriga a comunidade médica. Por isso, é essencial que o tratamento e o cuidado sejam cruciais para pessoas que sofrem de doenças ainda misteriosas neste sentido, evitando que o caso se agrave ou ainda gere outras condições e transtornos.

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Para entender melhor como uma doença sem cura atua no organismo, o Canaltech listou cinco delas e explicou o que se sabe sobre elas até então. Veja quais são:

5- Herpes

A herpes pode se manifestar de duas formas no organismo: nos lábios e dentro da boca, e nos genitais. A primeira forma, conhecida também como estomatite herpética ou primoinfecção pelo herpes vírus, é provocada pelo vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1) e consiste no surgimento de pequenas bolhas agrupadas principalmente nos lábios, gengivas, língua, céu da boca, interior das bochechas, com o formato de cacho de uva.

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O aparecimento dessas bolhas, que acontece entre quatro a seis dias após o contato com o vírus, causa desconforto, inchaço, coceira, febre e dores musculares. Uma vez com a herpes no organismo, o vírus permanece latente, se reativando no organismo de tempos em tempos. A contaminação possui três fases: a infecção primária, latência e recorrência.

Infecção primária pela herpes labial

Aparecimento e erupção de bolhas com os sintomas mencionados acima;

Latência

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As bolhas diminuem e o vírus permanece dormente no organismo, em uma região chamada gânglio da raiz dorsal, localizado na medula espinhal, e não apresenta nenhum sintoma ou desconforto. Cada infecção pode durar entre sete a 14 dias;

Recorrência

Com o vírus dormente, ele pode reaparecer periodicamente, gerando novas bolhas e sintomas, até o fim da vida. A reativação do vírus da herpes simples pode surgir quando o sistema imunológico do infectado fica enfraquecido, o que pode ser causado por uma infinidade de razões.

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A herpes genital, do tipo 2 (HSV-2), classificada como uma IST (infecção sexualmente transmissível), também consiste no aparecimento de bolhas e coceira, além de feridas e úlceras que começam a aparecer entre dois a 10 dias após a contaminação. É possível identificar a doença com base nos sintomas da gripe, como febre, mal-estar, dores musculares das costas até os joelhos e falta de apetite, ou ainda efeitos mais severos, como gânglios linfáticos mais inchados, dor ao urinar e corrimento vaginal, no caso das mulheres. Assim como a herpes labial, o vírus da herpes genital também permanece dormente até que seja reativado.

Existem medicamentos que podem amenizar os sintomas da herpes, sejam orais ou em forma de cremes em pomadas, mas ainda não há uma cura para ambos os tipos de vírus.

4- Fibromialgia

A fibromialgia é conhecida como uma doença crônica que provoca sintomas de extremo desconforto ao paciente que a possui. Entre as consequências mais graves estão as dores musculares e nos ossos, conhecida também como dor musculoesquelética, fadiga total, dores de cabeça, distúrbios do sono e cognitivos.

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Por se tratar de uma doença que provoca sintomas comuns de outras condições, a fibromialgia costuma ser difícil de ser diagnosticada por médicos e especialistas, o que faz com que os pacientes acabem sofrendo por anos sem saber do que se trata. No passado, o diagnóstico ainda era duvidoso, visto que muitos médicos ainda acreditavam que a doença não era real.

Outros sintomas da fibromialgia também podem envolver problemas digestivos, como dor e distensão abdominal, constipação e síndrome do intestino irritável, distúrbio temporomandibular (ATM) e dores na face ou na mandíbula.

A fibromialgia pode afetar pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos, mesmo que grande parte dos pacientes desenvolvam a doença na meia idade. Além disso, quem sofre de outras doenças, como artrite reumatoide ou lúpus, são os mais prováveis a sofrerem com a fibromialgia. Mulheres também contam com o dobro de probabilidade de manifestação da doença, comparadas com os homens.

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Outros fatores que podem desencadear a fibromialgia são eventos de estresse ou traumáticos, como situações de quase-morte, lesões repetitivas em alguma parte do corpo, doenças virais, histórico familiar e obesidade.

3- Vitiligo

O vitiligo é uma doença dermatológica que, até hoje, também não tem cura. A condição consiste na despigmentação da pele, se apresentando em forma de manchas brancas espalhadas pelo corpo, e isso acontece devido à inibição ou destruição das células responsáveis por desenvolver a melanina, chamadas de melanócitos.

Essas manchas podem aparecer no corpo de tamanhos e formas variados, desde muito pequenas até muito grandes, podendo também aumentar com o tempo. Em alguns casos, dependendo da região do corpo, pelos e cabelos que crescem no lugar da mancha também são brancos. As partes mais atingidas são axilas, dedos, joelhos, cotovelos, região lombar, ânus, olhos, nariz e região em torno da boca, sendo possível aparecer manchas também nas gengivas, mucosas dos lábios, genitais e mamilos.

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O vitiligo atinge apenas a questão estética e se trata de uma doença benigna, não trazendo demais problemas de saúde ao paciente. O tratamento é opcional e pode ser feito tanto com tratamentos tópicos com imunomodulares e corticosteroides, quanto com várias sessões de fototerapia.

O paciente que optar pela fototerapia, tratamento feito com luz UVA ou UVB em uma cabine de radiação, precisará de pelo menos 50 ou 60 sessões para obter resultado positivo, que pode ser visto com o escurecimento de algumas manchas brancas e o aparecimento de sardas e outras manchas escuras. O tratamento, no entanto, faz com que o paciente corra o risco de adquirir câncer de pele. Existe ainda um tratamento alternativo para o vitiligo: o microenxerto. Nele, os médicos enxertam pele normal, com melanócitos ativos e que produzem a melanina.

A melhor opção, no entanto, vem sendo o uso de maquiagens corporais para aqueles que se incomodam com as manchas brancas. No entanto, é possível observar que a cada vez mais vem ocorrendo a aceitação dos pacientes em relação à doença.

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2- Câncer

O câncer é uma doença que pode ser considerada sem cura devido a diversos fatores, que são descobertos no momento do diagnóstico. Tumores malignos em estado avançado podem ser fatais e não ter tratamento, mas benignos em fase inicial podem ser controlados com o tratamento adequado, e quanto antes for feito o diagnóstico maiores são as chances de cura.

Câncer é o nome de um conjunto de mais de 100 doenças que consistem no crescimento desordenado das células, que se agrupam e acabam formando os tumores, que por sua vez invadem tecidos e órgãos. A causa dessas doenças são alterações na estrutura genética (DNA) das células, conhecidas como mutações, e isso pode resultar em tumores mais ou menos agressivos.

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Além das questões genéticas, o câncer pode surgir por causas externas que vão desde hábitos, costumes e qualidade de vida de uma pessoa, ou ainda relacionada ao meio ambiente. Entre exemplos externos que infuenciam no aparecimento de tumores estão exposição ao cigarro e ao sol, vírus e alimentos. O envelhecimento também contribui no aumento das chances de câncer, por trazer mudanças nas células e também por pessoas mais velhas terem sido expostas aos fatores de risco por mais tempo.

Entre os hábitos que podem levar ao aparecimento do câncer estão o tabagismo, alcoolismo, hábitos alimentares ou sexuais, medicamentos, radiação solar e fatores ocupacionais, além da hereditariedade. Sendo assim, é ideal seguir alguns fatores para a prevenção, como evitar o cigarro, ter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, fazer exames preventivos com frequência, evitar exposição solar e optar pela vacinação contra HPV no caso de mulheres ainda quando jovens.

O tratamento contra o câncer é feito com radioterapia, responsável por destruir um tumor e impedir que as células aumentem, e a quimioterapia, que usa medicamentos que destroem as células doentes e que, consequentemente, formam tumores. Em alguns casos, o transplante de medula óssea é feito para combater doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia.

1- AIDS

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AIDS é a sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), doença que afeta o sistema imunológico, que funciona para proteger o organismo de invasores. Pessoas que possuem AIDS foram afetadas pelo vírus HIV, que altera o DNA de células como os linfócitos T CD4+, se multiplicando e infectando o corpo.

Com o sistema imunológico enfraquecido, até mesmo doenças simples podem ser fatais para os pacientes, o que fez com que no início do aparecimento da doença o seu diagnóstico fosse sentença de morte. Porém, felizmente, hoje o tratamento da AIDS é completamente efetivo graças aos medicamentos antirretrovirais (ARV) que permitem que a pessoa tenha uma vida normal, desde que os sejam tomados da forma correta. No Brasil, eles são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ter o vírus HIV, no entanto, não significa que uma pessoa tem AIDS, uma vez que um paciente pode levar anos até começar a apresentar sintomas e ser diagnosticado com a doença. No entanto, mesmo assim o vírus é transmissível e pode afetar outras pessoas.

O HIV é transmitido através do sexo vaginal, oral e anal sem preservativos, compartilhamento de seringa e outros objetos cortantes que não foram esterilizados, transfusão de sangue contaminado, de mãe para filho na gravidez, parto e amamentação. Beijos, apertos de mão, toque e compartilhamento de talheres não transmitem o vírus.

Médicos e cientistas do mundo todo estão engajados na busca pela cura do AIDS, com alguns tratamentos já se mostrando efetivos e promissores, o que deve fazer com que a doença saia dessa lista nos próximos anos.

Com informações de Planned Parenthood, Minha Vida, Healthline, Einsten, GIV