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2,2 milhões de pessoas já contraíram COVID-19 na capital paulista, diz pesquisa

Por| 22 de Outubro de 2020 às 20h40

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 Macau Photo Agency/Unsplash
Macau Photo Agency/Unsplash

Mesmo que em menor velocidade, o coronavírus SARS-CoV-2 continua em circulação no Brasil, inclusive na cidade de São Paulo. Segundo pesquisa do SoroEpi MSP divulgada nesta quinta-feira (22), 26,2% da população adulta da capital de SP já contraiu a COVID-19. Em números, significa dizer que pelo menos 2,2 milhões de pessoas foram infectadas ou que uma em cada quatro pessoas já se contaminou.

Em comparação com a fase anterior divulgada em agosto, a pesquisa apontou aumento de 8,3 pontos percentuais na soroprevalência — frequência de indivíduos em uma população que apresentam um anticorpo específico —, passando de 17,9% para 26,2%. No período entre a terceira fase e a quarta fase, ocorridas em julho e outubro, respectivamente, cerca de 700 mil adultos adoeceram por causa da COVID-19, segundo levantamento realizado em parceria com o Grupo Fleury, IBOPE Inteligência, Instituto Semeia e Todos pela Saúde.

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Perfil de quem contraiu a COVID-19

Seguindo a mesma tendência dos estudos anteriores, os dados mostram que nível de escolaridade, raça/cor da pele e renda média do distrito continuam estatisticamente relacionados com a taxa de infecções por coronavírus na cidade. Em comparativo, a taxa de contaminados em pessoas que vivem nos distritos classificados como de renda média mais baixa é de 30,4% versus 21,6% naqueles indivíduos que moram em locais de renda média mais alta.

Além disso, pessoas com ensino fundamental apresentam soroprevalência 2,2 vezes maior do que aqueles com nível superior completo (35,8% contra 16,0%). No grupo de pessoas com escolaridade mais baixa, um indivíduo em cada três já teve contato com o vírus; enquanto para aqueles com grau de escolaridade médio, essa relação é de um em cada quatro; e com escolaridade alta, a relação entre infectados e não infectados é de um indivíduo para cada seis.

Essa situação também é semelhante  quando se analisa a relação entre raça e cor da pele dos moradores da capital. O estudo apontou que a frequência de pessoas com anticorpos contra o novo coronavírus é maior entre pretos e pardos em comparação com pessoas brancas (31,6% contra 20,9%).

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Como é feita a pesquisa da COVID-19?

A quarta fase foi realizada entre os dias 1 e 10 de outubro —  28 semanas após o primeiro caso da COVID-19 ser registrado na cidade. Para estimar essa incidência do coronavírus, foram analisadas 1.129 amostras de sangue de participantes residentes em 152 setores censitários (menor unidade territorial da cidade, definida pelo IBGE). Em cada setor censitário, foram sorteadas oito residências.

Após a seleção, são aplicados testes laboratoriais em amostras de sangue de adultos para identificar aqueles que foram expostos ao coronavírus e produziram anticorpos específicos. É com esses resultados dos testes que os pesquisadores estimam a fração de pessoas que já contraíram a COVID-19 na capital.

Distante dos números apresentados pela pesquisa, oficialmente, a prefeitura da cidade de São Paulo contabiliza 352.953 casos de coronavírus, sendo 13.358 óbitos, segundo boletim divulgado na quarta-feria (21)