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Robô quebra recorde mundial ao correr 100 metros em menos de 25 segundos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Setembro de 2022 às 17h06

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Reprodução/OSU
Reprodução/OSU

Um robô desenvolvido por engenheiros da Universidade Estadual do Oregon (OSU), nos Estados Unidos, estabeleceu um novo recorde de corrida para máquinas bípedes. Cassie percorreu 100 metros em apenas 24,73 segundos, o tempo mais rápido já registrado por um bot desse tipo.

Segundo os pesquisadores, Cassie é o primeiro robô de duas pernas no mundo a utilizar um sistema de aprendizagem de máquina para controlar uma marcha constante em uma pista ao ar livre, sem precisar de amarras de sustentação e com uma única carga de bateria.

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Em 2021, Cassie demorou 53 minutos para percorrer 5 km. Estamos trabalhando para superar esse recorde mundial há bastante tempo e, agora, nosso robô é capaz de correr, subir e descer escadas de forma autônoma”, explica o estudante de pós-graduação em robótica Devin Crowley, autor principal do projeto.

Cassie

O robô desenvolvido pelos engenheiros da OSU possui joelhos que se dobram como os de um avestruz. Para se guiar pelas raias da pista de atletismo, o bot conta com câmeras e sensores externos que evitam que ele se perca durante o trajeto ou saia correndo sem rumo.

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Cassie foi treinado em um ambiente de simulação capaz de compactar um ano inteiro de exercícios em apenas uma semana, utilizando uma técnica computacional conhecida como paralelização, em que vários processos de aprendizagem e cálculos matemáticos são realizados ao mesmo tempo.

“Esse robô pode realizar um espectro imenso de marchas diferentes, mas à medida que nos especializamos em velocidade, começamos a nos perguntar, quais marchas são mais eficientes em cada velocidade. Isso levou à primeira marcha de corrida otimizada e resultou em um comportamento surpreendentemente semelhante à biomecânica humana”, acrescenta Crowley.

Correr é fácil

O maior desafio dos engenheiros não foi ensinar o robô a correr, mas sim que ele realizasse essa tarefa em pé e depois retornasse à posição inicial sem cambalear e cair. Acelerar de um ponto de inércia até a marcha de corrida é relativamente mais fácil do que emular o comportamento do corpo humano durante o trajeto.

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Segundo os pesquisadores, o verdadeiro mérito está no movimento articulado e coordenado entre pernas, joelhos e pés robóticos. Algo que só foi possível alcançar graças a um avançado sistema de aprendizagem de máquina, que permitiu que o bot passasse por uma série de experiências de treinamento simultaneamente.

“Este resultado de 100 metros em menos de 25 segundos foi atingido por uma profunda colaboração entre o design de hardware mecânico e uma inteligência artificial (IA) capaz de controlar todo esse sistema. Este pode ser o primeiro robô bípede a aprender a correr, mas não será o último”, encerra o professor de IA e coordenador do estudo Alan Fern.