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Atum inspira cientistas na criação na criação de drones submarinos mais ágeis

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/University of Virginia
Reprodução/University of Virginia

Pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos EUA, descobriram como construir drones subaquáticos capazes de alterar o modo como nadam em tempo real. Em vez de operar em velocidade de cruzeiro, eles conseguem acelerar ou desacelerar conforme a necessidade, imitando o comportamento de peixes reais.

Para projetar o robô nadador, eles tiveram que resolver o problema da rigidez da peça que funciona como cauda e impulsiona o drone debaixo d`água. Dispositivos duros ou moles demais interferem diretamente na eficiência do nado, podendo causar perda de velocidade e instabilidade de controle.

“Ter uma rigidez na cauda é como ter uma relação de marcha em uma bicicleta. Você só seria eficiente em uma velocidade. Seria como pedalar por São Francisco com uma bicicleta de marcha fixa; você ficaria exausto depois de apenas alguns quarteirões”, explica o professor de engenharia Daniel Quinn, autor principal do estudo.

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Inspiração na natureza

Peixes de verdade conseguem ajustar os níveis de rigidez da cauda em tempo real, dependendo da situação. O problema é que não é possível medir esse comportamento instintivo durante o nado, dificultando a construção de modelos capazes de imitar essa ação natural.

A solução encontrada pelos pesquisadores combinou a dinâmica dos fluidos encontrada na água com a biomecânica dos peixes para desenvolver um protótipo com uma cauda ajustável. Eles concluíram que a rigidez deve aumentar de acordo com a velocidade do nado ao quadrado.

“Para testar nossa teoria, construímos um robô parecido com um peixe que usa um tendão artificial programável para ajustar a rigidez da cauda ao nadar em um canal de água. Nosso robô nadou em uma faixa mais ampla de velocidades, usando quase a metade da energia quando comparado a um robô com cauda de rigidez fixa”, acrescenta Quinn.

Novos modelos

O primeiro modelo de drone nadador foi projetado pelos cientistas seguindo as características físicas de um atum. A ideia agora é aplicar os sistemas de rigidez ajustável de cauda em variantes inspiradas em golfinhos, girinos e até mesmo em robôs que emulem os movimentos suaves das arraias.

O objetivo é criar um veículo subaquático que viaje rapidamente por quilômetros no oceano e depois diminua a velocidade para mapear um recife de coral, ou acelere até o local de um derramamento de óleo e depois prossiga mais lentamente para realizar as medições necessárias em outras regiões.

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“Eu não acredito que ficaremos sem projetos tão cedo. Cada animal aquático que vimos até agora nos deu novas ideias sobre como construir robôs nadadores melhores, mais eficientes e totalmente adaptáveis ao ambiente marinho. Há muitos peixes no mar e estamos apenas no começo”, completa o professor Daniel Quinn.

Fonte: University of Virginia

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