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Jack Ma, CEO do Alibaba, não é mais o homem mais rico da China

Por| 03 de Fevereiro de 2015 às 10h51

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Jack Ma, CEO do Alibaba, não é mais o homem mais rico da China
Jack Ma, CEO do Alibaba, não é mais o homem mais rico da China
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Jack Ma não é mais o homem mais rico da China. De acordo com informações publicadas pela agência Reuters, o presidente executivo do Alibaba, uma das maiores empresas mundiais de e-commerce, mas com a Ásia como foco principal, caiu para a terceira posição no ranking de fortunas. Em todo o mundo, ele é o 34º colocado na lista, com uma fortuna estimada em US$ 24,5 bilhões.

A posição de ouro, agora, é de Li Hejun, um empreendedor do ramo da energia solar e que cujo foco é encontrar formas renováveis de gerar energia. Mesmo estando sob investigação devido a práticas de mercado que parecem irregulares, ele conseguiu subir para a primeira colocação com uma fortuna estimada em US$ 26 bilhões e ainda mais probabilidade de crescimento, na medida em que os olhares do mundo se voltam, justamente, para o seu tipo de negócio.

Como aponta a reportagem, porém, é possível que essa balança se altere no futuro próximo, caso os temores dos analistas e cautela em relação a investimentos na empresa de Li, a Hanergy Holding Group, se confirmem. Ele vem sendo alvo de escrutínio devido às suas negociações com a Hanergy Thin Film Power Group que, como indica o nome, é sua subsidiária.

A irregularidade teria a ver com a venda de equipamentos e serviços ligados a energias renováveis. Desde 2010, esse tipo de negócio entre as duas empresas tem sido a principal fonte de lucros e crescimento para o Hanergy Holding Group, mas, desde 2013, muitos dos contratos não estariam sendo pagos, o que estaria gerando um crescimento artificial nos ganhos da companhia. Pelo menos, foi isso que afirmou o jornal Financial Times, responsável por dar ignição às suspeitas.

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Já a segunda colocação no ranking chinês dos mais ricos ficou com Wang Jianlin, que é o diretor do Dalian Wanda Commercial Properties, um conglomerado de imóveis, cinemas, hotéis e outros empreendimentos ligados a entretenimento e turismo. Representando outro segmento em franca expansão na Ásia, o executivo tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 15 bilhões.

A queda de duas posições pela qual passa Jack Ma é um resultado direto de uma performance desapontadora do Alibaba. Na última semana, a empresa apresentou relatórios financeiros com resultados bem abaixo do esperado, com queda de 28% nos lucros e um total registrado de US$ 964 milhões. O montante se refere ao último trimestre de 2014, uma temporada em que um grande aumento era esperado devido às compras de final de ano.

O Alibaba apontou a desaceleração da economia chinesa como o principal fator para o desempenho abaixo das expectativas. O Singles Day, espécie de “dia dos solteiros” chinês, é também a maior temporada de compras no comércio eletrônico no país, mas, no ano passado, gerou menos lucros devido, justamente, à situação do país. Além disso, a gigante do e-commerce tem estado sob forte vigilância por parte do governo asiático, que investiga possíveis irregularidades na gestão de transações da companhia, principalmente em relação a produtos pirateados vendidos em suas lojas online.

Mesmo assim, a corporação ainda tem recordes para chamar de seu. Analistas apontam que deve se passar um longo tempo até que alguém consiga superar a gigantesca abertura de capital feita pelo Alibaba em setembro do ano passado, que criou milionários e movimentou mais de US$ 20 bilhões em ações.

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Os temores em relação às notícias negativas, porém, levaram estes mesmos papéis a uma baixa histórica, com queda de 13% na última semana. Aos poucos, porém, a situação começa a voltar a um patamar positivo e, no momento em que esta reportagem é escrita, as ações da empresa eram negociadas a US$ 90,13 e alta de 1,05%.