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Receita do Alibaba cresce 40%, mas lucro líquido cai 28% no trimestre

Por| 29 de Janeiro de 2015 às 16h11

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Receita do Alibaba cresce 40%, mas lucro líquido cai 28% no trimestre
Receita do Alibaba cresce 40%, mas lucro líquido cai 28% no trimestre
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O Alibaba Group Holding anunciou nessa quinta-feira (29) os resultados fiscais do quarto trimestre de 2014, com queda de 28% no lucro líquido da empresa, registrando US$ 964 milhões. As receitas da empresa, no entanto, registraram um crescimento de 40% e fecharam o período em US$ 4,22 bilhões. Mesmo com o grande aumento da receita, esta ainda ficou abaixo das estimativas do mercado financeiro. As informações são do New York Times.

Analistas esperavam um avanço maior nas receitas da empresa que poderiam chegar a US$ 4,45 bilhões, acima do número obtido que foi de US$ 4,22 bi. O mercado ainda tinha expectativas de um lucro substancial maior – enquanto o desempenho da empresa permitiu um ganho de US$ 0,37 por ação, analistas esperavam US$ 0,75 por ação.

Usando uma regra contábil diferente dos padrões normalmente aceitos pelo mercado, o lucro líquido do Alibaba foi de US$ 2,1 bilhões, acima da expectativa de US$ 1,9 bilhão dos analistas para o trimestre finalizado em 31 de dezembro passado. Justificando a queda do lucro ao usar o sistema padrão do mercado, o Alibaba afirmou ter feito premiações em ações, além de impostos e taxas.

Os resultados abaixo das expectativas também foram justificados devido ao desempenho abaixo do esperado para o Single Day chinês, que segundo os analistas foi motivado por um momento de desaceleração da economia do país.

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No trimestre passado as transações móveis representaram 42% do total das atividades realizadas nos sites do Alibaba, o que evidencia um crescimento deste tipo de transação no país.

Os resultados da empresa vieram em um momento complicado. Em uma nota divulgada na quarta-feira (28), a Administração Estatal de Indústria e Comércio (SAIC), órgão do governo chinês, informou que identificou “a existência em longo prazo de problemas ilegais relativos à gestão da atividade de transação e outras questões”.

Enquanto o grande crescimento tem feito do Alibaba um império de vendas na China e aumentado de forma exponencial o lucro e o valor da empresa, o crescimento também tem chamado a atenção do governo chinês, que tem intensificado a fiscalização nos processos da empresa.

O governo da China acusa a companhia de não conseguir combater as vendas de produtos falsificados em seus sites, de pagar propinas e de realizar outras atividades ilegais. Em resposta as acusações, o Alibaba criticou os métodos empregados pelas agências fiscalizadoras do governo e afirmou que as acusações são enviesadas.

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Para se defender das irregularidades apontadas pelo governo, a empresa afirmou que está “disposta a assumir a responsabilidade de lutar contra os (produtos) falsos” e defendeu que seus esforços estão longe de ser finalizados.

Entre as ressalvas dos analistas sobre o Alibaba está a dificuldade da empresa de administrar de um lado as vontades do governo chinês, e do outro, as expectativas dos investidores que não estão acostumados a se curvarem diante das vontades estatais.

Com uma investigação em curso da SAIC contra o Alibaba ainda indefinida, o vice-chairman da empresa Joseph Tsai afirmou que este tipo de situação faz parte “do curso normal dos negócios”.

As ações do Alibaba iniciaram a quinta-feira com queda de 8% devido à preocupação dos investidores com os rumos das investigações realizadas pelo governo chinês contra a empresa.