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Violência étnica no Myanmar faz Facebook banir perfis de militares do país

Por| 27 de Agosto de 2018 às 23h25

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Violência étnica no Myanmar faz Facebook banir perfis de militares do país
Violência étnica no Myanmar faz Facebook banir perfis de militares do país
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O Facebook removeu 18 perfis e 52 páginas da rede social, além de um perfil no Instagram, ligados a entidades militares da República da União de Myanmar, país do sul da Ásia que vem enfrentando conflitos étnicos e de cunho religioso desde o início de 2018. A nação deixou de ser governada por militares nacionalistas em 2011, mas o crescimento da rede criada por Mark Zuckerberg é visto na região como um dos catalisadores dos discursos de ódio que ainda são veiculados por todo o território. Ao todo, segundo o anúncio do Facebook, foram 12 milhões de pessoas impactadas pelas remoções.

Os conflitos civis em Myanmar são mais concentrados em atacar a população islâmica que vive no país — em especial, o povo rohingya. O Facebook já foi alvo de críticas da comunidade internacional pois, em diversas ocasiões, posts autorados por perfis ultranacionalistas continham acusações comumente falsas contra os seguidores da religião árabe, como em julho deste ano, quando um dono de loja de variedades na capital Naypydaw foi falsamente acusado de ter estuprado uma criança, o que gerou tumulto generalizado e pessoas armadas e cruzando as ruas em motocicletas protestavam em tom xenófobo e preconceituoso.

O Facebook diz que as informações e dados posicionados em todos os perfis e páginas banidos serão resguardados pela rede. A lista dos perfis descontinuados inclui o general Min Aung Hlaing, comandante geral das forças armadas, e a emissora de televisão militar Myawady. Outros perfis e páginas de apoio aos militares usavam seus espaços para promover agenda de ataques a quem discordasse da política promovida pelo antigo governo.

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“Apesar de termos demorado demais a agir, estamos agora fazendo progresso”, diz o Facebook em anúncio postado em sua seção de notícias. “Temos uma tecnologia melhor para identificar discurso de ódio; ferramentas de denúncia mais aprimoradas e mais pessoas para revisar e moderar conteúdo”.

Fonte: Facebook Newsroom