Twitter ganha versão para driblar censura com acesso via navegador Tor
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
O Twitter lançou uma versão do site como um serviço otimizado para o Tor, navegador inteiramente focado em privacidade. Engenheiro de software que colabora com a plataforma, Alec Muffett divulgou a novidade em um tuíte publicado hoje (9) e, segundo ele, trata-se é uma das adições mais aguardadas para a rede social.
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O endereço do Twitter via rede onion é https://twitter3e4tixl4xyajtrzo62zg5vztmjuricljdp2c5kshju4avyoid.onion e pode ser acessado pelo navegador Tor ou qualquer outra ferramenta compatível com esse tipo de serviço. Essa versão funciona exatamente como o Twitter padrão — que, inclusive, também é acessível pelo programa —, mas garante mecanismos de privacidade e anonimato ainda mais eficientes.
“Este é possivelmente o tuíte mais importante e esperado que eu já escrevi”, iniciou Muffett no anúncio. Segundo ele, o projeto proporciona maior “privacidade, integridade, confiabilidade e ‘resistência a bloqueios’” para pessoas do mundo inteiro.
A plataforma é baseada em uma versão do Enterprise Onion Toolkit (EOTK), especialmente projetada para atender as demandas da Rede do Passarinho Azul. Ele comenta num tuíte que o anúncio acontece pelo perfil dele devido ao alcance do perfil oficial @TwitterSafety, cujo post pode alcançar os mais de 3,6 milhões de seguidores e causar uma sobrecarga na plataforma recém-liberada.
Twitter não é o único
Além do Twitter, sites como Facebook, DuckDuckGo, New York Times e BBC oferecem versões adaptadas para rodar sob a discrição do Tor. Embora não seja a alternativa mais popular, esse canal é importantíssimo para garantir acesso de pessoas do mundo inteiro, contornando inclusive restrições governamentais, como a censura que acontece na Rússia neste momento.
A conexão via Tor também é significativamente mais segura do que por navegadores tradicionais. Devido à complexidade do endereço do serviço onion, acessar o link oficial dá a certeza de que a conexão acontece exatamente com os servidores da rede social, enquanto programas comuns estariam sujeitos a problemas como phishing ou cybersquatting.
Fonte: Alec Muffett, The Verge, Engadget