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Twitter deve atualizar políticas de uso para coibir os deepfakes na plataforma

Por| 22 de Outubro de 2019 às 13h30

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(Imagem: Reprodução/RenovaMídia)
(Imagem: Reprodução/RenovaMídia)
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Os deepfakes, vídeos e mídias manipuladas que mostram pessoas fazendo ou dizendo coisas que nunca fizeram, estão se tornando uma preocupação constante para empresas de tecnologia e o governo dos EUA. A rede social de microblogs Twitter disse, durante um painel na última segunda-feira, 21, que planeja uma atualização de suas políticas internas para melhor contemplar esse tipo de material.

Segundo Vijaya Gade, CLO (Chief Legal Officer) do Twitter, o público é quem deve direcionar essas mudanças na plataforma: “Nós achamos que muitas pessoas terão um interesse nesse espaço”, ele comentou durante apresentação do painel Wall Street Journal Live, promovido pelo jornal homônimo.

Os deepfakes são programas que se valem da inteligência artificial para criar mídias que mostram pessoas fazendo coisas que nunca fizeram, ou dizendo palavras que nunca comentaram. Normalmente, o formato escolhido para isso é o vídeo, mas há casos em que deepfakes também foram utilizados em fotos.

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Há uma constante preocupação das empresas de tecnologia e do governo dos EUA de que o uso dos deepfakes traga problemas em várias esferas: entre maio e julho deste ano, um app chamado “DeepNude” usava inteligência artificial para criar um “falso nude” de mulheres a partir de imagens delas devidamente vestidas. Foi no próprio Twitter que o app ganhou tração até, eventualmente, ser descontinuado por pressão popular, ainda que cópias dele possam ser encontradas online. Vale lembrar que o ano de 2020 trará novas eleições presidenciais no país.

Mais cedo neste ano, tanto o Twitter como o Facebook permitiram e mantiveram a publicação de um vídeo que mostra a porta-voz do congresso norte-americano, Nancy Pelosi, em uma falsa situação onde ela parece “arrastar” suas palavras — um sintoma comum de quem está embriagado. Obviamente, o vídeo é falso, mas sua permanência nas redes sociais atraiu críticas de cidadãos e até Partido Democrata, do qual Pelosi faz parte.

Como tudo na tecnologia, porém, há também o bom uso dos deepfakes: desde junho, um museu na Flórida está utilizando a ferramenta para criar uma versão falsa do pintor surrealista Salvador Dalí, que é usada para acompanhar visitantes em uma tour pelo local.

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Segundo Gadde, ainda não há um prazo de quando o Twitter deve implementar essas novas políticas. O advogado e líder jurídico da empresa disse que eles ainda estão decidindo o que fazer quando a rede social detectar um deepfake: se ele deve ser sumariamente eliminado da plataforma, ou se fica marcado como uma mídia falsa (porém mantido).

O próprio Twitter emitiu comentários em seu perfil oficial na rede de microblogs, dizendo que fará essa mudança por compreender que deepfakes têm potencial bastante perigoso e que deve abrir uma fase de coleta de informações e feedback do público para juntar opiniões e progredir daí.

Fonte: CNET