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Twitter admite ter inflado o número de usuários entre 2019 e 2020

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Abril de 2022 às 18h12

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Brett Jordan/Unsplash
Brett Jordan/Unsplash
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O Twitter revelou que inflou exageradamente a quantidade de usuários da plataforma entre 2019 e 2021. Em um relatório financeiro recente, a plataforma diz que pessoas com mais de uma conta foram somadas, por engano, mais de uma vez.

Isso fez com que a diferença entre os números ficasse na casa dos 2 milhões, algo que não é tão terrível assim, mas que reflete as limitações do crescimento da rede social. Embora o serviço tenha crescido bastante no começo da década passada, muita gente abandonou a conta a partir de 2013 e 2014.

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A estagnação foi fruto de uma política meio desleixada da companhia, que passou anos sem investir em grandes mudanças ou em recursos relevantes. Em 2020, com a chegada da pandemia, a rede social decidiu tirar o atraso e desde conduz testes sucessivos para incrementar as ferramentas.

Como o Twitter calcula o total de usuários?

O Twitter define seus números de usuários com o termo "monetizable Daily Usage (mDAU)", algo como "uso diário médio monetizável", em tradução livre. Na prática, são pessoas que realmente usam a plataforma com alguma frequência, portanto podem trazer dinheiro ao interagir com anúncios.

No primeiro trimestre de 2022, a rede social apresentou 189,4 milhões de pessoas no mundo inteiro, aumento significativo em comparação ao mesmo período ano passado. Para corrigir a discrepância de 2021, a equipe publicou números atualizados do quarto trimestre: 214,7 milhões mundialmente.

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A empresa não pode projetar dados para o desempenho dos próximos meses, porque o acordo de compra pelo bilionário Elon Musk impede esse tipo de exercício. Ainda não se sabe como o "efeito Musk" poderá impactar nisso, seja na quantidade de usuários, seja no aumento do lucro.

Twitter no vermelho

Em termos de receita, o Twitter arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) no primeiro trimestre, dos quais US$ 1,11 bilhão (R$ 5,5 bilhões) foram da venda de publicidade. Os outros US$ 94 milhões vieram da receita com assinaturas e fontes alternativas, como a venda de dados e serviços voltados para empresas (business-to-business).

Neste ano, excepcionalmente, a rede ainda ganhou US$ 1,05 bilhão por causa da venda da MoPub, a plataforma de anúncios para celular, que passou para a AppLovin por essa soma. Mesmo assim, a empresa registrou um prejuízo operacional de US$ 128 milhões em comparação com o lucro de US$ 52 milhões no mesmo trimestre do ano passado.

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Mesmo como uma plataforma sólida, é interessante ver como o Twitter não conseguiu se reinventar nos últimos anos, principalmente no aspecto financeiro. A rede ainda corre atrás de fontes alternativas, como o Twitter Blue e os Ingressos Pagos do Espaços, mas somente isso pode não ser suficiente para tirar a empresa do negativo.

Quando à chegada de Musk, há divisão dos analistas de mercado: há quem acredite na otimização dos resultados, mas a maioria crê em um endividamento ainda maior — fruto das mudanças que serão implementadas. Hoje, a rede do passarinho já deve cerca de US$ 5 bilhões, portanto é preciso trabalhar muito para colocar tudo nos eixos novamente.

Fonte: Twitter