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O que é uma rede social descentralizada? Saiba vantagens e desafios

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Reprodução/Freepik
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Rede social descentralizada é uma plataforma online na qual o controle sobre as informações e interações do usuário é distribuído de forma ampla e não está centralizado em um único servidor ou entidade.

De acordo com o CEO da MIT Technology Review no Brasil e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli, o objetivo de uma rede social descentralizada é promover mais controle de informações e interações ao usuário.

Quais são as características de uma rede social descentralizada?

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Uma rede social descentralizada se caracteriza, principalmente, pela diversidade de servidores que não estão sujeitos a um polo central. Os servidores têm o mesmo protocolo, como é o caso do Activity Pub. Segundo Miceli, a solução permite que usuários diferentes, de distintas plataformas, sigam uns aos outros e façam comentários e compartilhamentos.

O professor traz um exemplo prático de rede descentralizada: o microblog Mastodon. Neste espaço, o usuário pode ter uma conta em apenas uma plataforma, mas consegue acessar conteúdos de outras redes, sem precisar criar um outro perfil.

Redes sociais descentralizadas e centralizadas 

A concentração de informações dos dados do usuário é um dos principais diferenciais entre os dois tipos de rede

São quatro pontos principais que diferem os dois tipos de rede social: A concentração de seus servidores, dados do usuário, a monetização e moderação do conteúdo. 

Nas redes descentralizadas, esses aspectos são distribuídos por vários participantes que podem hospedar os próprios servidores e ter liberdade, tanto sobre o conteúdo quanto sobre as regras”, explica Miceli. As redes centralizadas, por sua vez, concentram todos esses dados em um servidor ou entidade. 

Vantagens e desvantagens

Uma das maiores vantagens é o controle do próprio usuário sobre os seus dados, já que, em sua maioria, são eles próprios que os armazenam em seus servidores. A mediação reduzida é um outro ponto, ele ressalta que há mais liberdade na produção e compartilhamento de conteúdo. 

Por outro lado, esses pontos também são uma desvantagem. Segundo o Miceli, um ambiente livre abre espaço para conteúdos duvidosos que contém uma baixa verificação, ou até mesmo moderação alguma.

O financiamento de uma rede social descentralizada também é um desafio. O CEO observa que a maioria delas são mantidas por meio de doações. Ele explica que, ao ter uma perspectiva de crescimento, algumas formas de financiamento acabam sendo inviáveis e, eventualmente, a rede acaba sendo comprada e tendo sua infraestrutura alterada.

As redes sociais descentralizadas são legais?

Sim, as redes descentralizadas são legais, mas sua regulamentação apresenta particularidades. 

De acordo com a CEO do escritório Peck Advogados, Patricia Peck, esse tipo de plataforma possui dois tipos de regras: a do contrato junto à plataforma, na qual estão os termos de uso e políticas, e das leis em vigor, tanto no país sede da empresa, quanto nos países onde estiverem os usuários e seus servidores. 

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