Kanye West anuncia compra da controversa rede social Parler
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |

Após ser banido do Twitter e do Instagram por posts antissemitas, Kanye West decidiu adquirir a Parler, a controversa rede social que alega ser a casa da "liberdade de expressão absoluta". O artista já está em negociações com a detentora da plataforma, a Parlement Technologies, e a aquisição pode ser completada no último trimestre de 2022.
- Rede social conservadora Parler está de volta à Play Store
- Apple renova bloqueio do Parler no iOS e alega "conteúdo altamente questionável"
Como dono da Parler, Kanye West “garantirá um papel futuro na criação de um ecossistema ‘sem cancelamentos’, onde todas as vozes são bem-vindas”, comentou o CEO da Parlement. “Em um mundo onde as opiniões conservadoras são consideradas controversas, temos que garantir que temos o direito de nos expressar livremente”, pontuou Kanye West.
Criada em 2018, a Parler ganhou tração na internet em 2020, quando recebeu milhões de usuários que buscavam por um ambiente “sem censura” e sem domínio de algoritmos. O aplicativo, porém, foi removido das principais lojas de apps e teve até os serviços da Amazon Web Services (AWS) cessados devido os posts que circulam por lá.
Parler pode entrar na mira
Recentemente, a Parler voltou a ser distribuído nas principais lojas de apps. Nesse período fora da loja, a plataforma investiu no desenvolvimento de mecanismos de moderação para conter publicações que incitam à violência — que, agora, devem ser analisados e removidos. Ainda não está claro quão eficientes são os mecanismos de controle do app, porém.
Se a aquisição de Kanye West se concretizar, a plataforma deve voltar a entrar em evidência e deve passar novamente pelo crivo do Google e da Apple — podendo ser banida, caso sejam encontradas irregularidades. Se Kanye West repetir os posts antissemitas Twitter e no Instagram, sob o argumento de exercer a própria “liberdade de expressão”, é bem provável que a suspensão aconteça mais uma vez.