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Instagram bloqueia usuária dona da conta @metaverse

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Hichem Touati/Pixabay
Hichem Touati/Pixabay
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Uma usuária do Instagram que usava o perfil @metaverse acusou o Instagram de bloquear sua conta no aplicativo e apagar todo o conteúdo publicado nos últimos dez anos. Isso teria ocorrido porque a Meta (antigo Facebook Inc.) queria usar o nome, relacionado ao metaverso da companhia, mas não teria havido qualquer negociação ou justificativa oficial.

A conta foi criada em 2012 pela australiana Thea-Mai Baumann, que alega nunca ter recebido punições ou avisos antes, mas perdeu o acesso ao perfil logo após o conglomerado adotar o novo nome. Fotos, vídeos, stories e dados do perfil teriam sido completamente deletados sem a chance de recorrer.

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Quando tentou contatar o suporte, Baumann recebeu apenas a tradicional mensagem automática de que sua conta foi bloqueada "por fingir ser outra pessoa". Esse tipo de punição é aplicado a perfis fake que tentam se passar por artistas, celebridades ou companhias na plataforma. A conta @metaverse era usada com propósitos profissionais, afinal ela é dona de uma empresa de realidade aumentada chamada Metaverse Makeovers.

Ela contou ao jornal The New York Times que começou a receber ofertas de compra do nome após a mudança de nome do Facebook, mas que nenhuma foi do Instagram. Na época, tinha pouco mais de mil seguidores, mas chamava a atenção por usar um nome relacionado ao produto carro-chefe da companhia para o futuro.

Instagram disse ter sido um erro

“O Facebook tem liberdade de ação essencialmente irrestrita para se apropriar dos nomes de usuário do Instagram das pessoas”, disse a diretora do Instituto de Pesquisa de Propriedade Intelectual da Universidade de Melbourne, Rebecca Giblin. Segundo a especialista, a rede social pode fazer isso quando há "boas razões", como no uso de palavras ofensivas, se tentam se passar por alguém ou buscam causar dúvida no usuário.

“Mas o exemplo do @metaverse destaca a amplitude desse poder”, disse ela. Giblin ressalta que, mesmo as políticas do Facebook listadas, os usuários aparentemente “não têm direitos”.

O jornal tentou entrar em contato com a Meta, mas não obteve explicações. Logo em seguida, um porta-voz da companhia pediu desculpas por ter removido o perfil indevidamente e o devolveu para a proprietária. A polêmica ajudou na popularização do perfil da australiana, que hoje já conta com mais de 3,7 mil seguidores.

Fonte: The New York Times