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Facebook publica pedido de desculpas em grandes jornais dos EUA e Europa

Por| 26 de Março de 2018 às 10h11

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O Facebook publicou neste domingo (25) anúncios de página inteira em grandes jornais dos Estados Unidos e Europa pedindo desculpas sobre o mal uso dos dados de seus usuários e elencando ações que seriam tomadas daqui em diante para evitar esse tipo de problema. O texto curto é assinado por Mark Zuckeberg e funciona como uma versão resumida de seu pronunciamento sobre o assunto, publicado na última semana na própria rede social.

O anúncio de página inteira saiu em três publicações de grande circulação dos EUA, o New York Times, Wall Street Journal e o Washington Post. No Reino Unido, o texto saiu de forma mais abrangente, em nomes como o Sunday Times, Observer, Sunday Mirror, Sunday Telegraph e outros. Sem imagens, a propaganda afirma que o Facebook tem a responsabilidade de proteger as informações dos usuários. “Se não conseguirmos, não as merecemos”, continua.

Nas palavras, Zuckerberg pede desculpas aos usuários pelo escândalo detonado há uma semana e cita as mudanças que serão realizadas daqui para a frente. É o caso, por exemplo, da limitação de dados acessíveis pelos aplicativos que solicitarem permissão por meio do Facebook e investigação quanto ao uso de dados por aqueles que pedirem por mais telemetria dos usuários.

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Além disso, a rede social se compromete a entregar aos usuários, de forma mais fácil, o controle sobre os softwares que possuem acesso a seus dados, tornando mais simples a exclusão ou bloqueio. Ao final, vem a promessa de “fazer melhor” daqui em diante, de forma que escândalos como o da Cambridge Analytica não se repitam.

O caso, inclusive, é citado diretamente, mas não de forma nominal, com Zuckerberg se referindo a ele apenas como “um app de quiz criado por um pesquisador de universidade”. Usando um teste de personalidade, a empresa de publicidade Cambridge Analytica foi capaz de ter acesso a mais de 50 milhões de perfis do Facebook a partir de centenas de milhares que permitiram o uso de suas informações para participação na brincadeira.

Isso se devia à forma como o sistema funcionava até 2015 – ao entregar permissão para acesso a seus dados, o usuário também fazia o mesmo com relação aos de seus contatos, mesmo sem saber disso. Foi assim que o total de informações obtidas se multiplicou e acabou sendo usado no perfilhamento psicológico com participação importante em campanhas como a que levou Donald Trump à presidência dos EUA e à saída do Reino Unido da União Europeia.

A descoberta, incitada por um delator que entregou documentos e concedeu entrevistas à imprensa americana e europeia, levou a reflexos até mesmo no Brasil. Por mais que dados de cidadãos nacionais não estivessem no banco de dados da Cambridge Analytica, o mesmo método seria utilizado por aqui nas eleições presidenciais de outubro – isso, bem como a sociedade entre uma companhia daqui e a empresa de análises, já levou à abertura de uma investigação pelo Ministério Público do Distrito Federal.

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Fonte: Brian Stelter (Twitter)