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Facebook pode criar sistema de anúncios para conteúdos pagos

Por| 13 de Abril de 2015 às 10h20

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O Facebook mal lançou a Atlas, sua rede de publicidade online que veio para rivalizar com o Google, e já parece estar disposto a dar um passo à frente da concorrência. De acordo com uma patente registrada na semana passada pela companhia, os engenheiros da rede social estão trabalhando em uma plataforma que vai entregar não apenas anúncios, mas também conteúdo para os usuários dentro ou fora da própria rede social.

O sistema vai combinar os dados entregues de mão beijada por quem utiliza o Facebook, por meio de curtidas e compartilhamentos, e um perfil de público definido pelo anunciante. Com isso, a plataforma promete exibir não apenas propagandas ainda mais segmentadas, mas também conteúdos interessantes, vídeos, publicações na linha do tempo e até sugerir o download de aplicativos.

E isso vai acontecer não apenas na timeline do Facebook, mas também nos sites parceiros que façam parte do sistema. Assim, acredita a companhia, as empresas poderiam adotar um sistema semelhante ao dos posts promovidos dentro da rede social, só que também fora dela, exibindo suas publicações em destaque nas páginas de terceiros e até mesmo da concorrência.

A ideia, que pode parecer boa para os anunciantes, não deve agradar muito os produtores de conteúdo não apenas por este motivo, mas também pelo que o Facebook chamou de “leilão em tempo real”. De forma a não ter propagandas de clientes maiores canibalizando os menores, a empresa não vai permitir que duas companhias anunciem para um mesmo público ao mesmo tempo. Caso esse conflito aconteça, vence aquele que pagar mais, adquirir pacotes com maior duração ou tenha um conteúdo mais de acordo com a audiência alvo.

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A plataforma, que não teve o nome revelado, funcionaria tanto nos computadores quanto nos celulares e tablets, um requisito essencial para qualquer novidade do tipo. Além disso, rumores apontam que ela poderia ser uma extensão do LiveRail, um sistema já existente e pertencente ao próprio Facebook, mas que, no momento, trabalha apenas com propagandas em vídeos e aplicativos para celular.

Como se trata de uma patente, claro, temos apenas os detalhes técnicos da solução, sem qualquer informação sobre custos por clique, alcance e coisas do tipo. Mas, desde já, dá para pensar que a novidade pode acabar sendo uma bela pedra no sapato do Google, que depende de históricos de navegação para entregar seus anúncios, um método que nem sempre é certeiro.

E é justamente nessa falha que o Facebook está tentando focar com as soluções que já foram implementadas. Por meio das informações da rede social, a empresa sabe exatamente quem são seus usuários ao invés de fazer inferências de acordo com os hábitos de consumo de conteúdo. Por isso, nada melhor do que focar nesse aspecto também fora de seu próprio jardim e, além disso, colocar anunciantes para brigar e ver quem tem o maior cacife para investimento.

Claro, como sempre, é importante lembrar que o registro de patentes não necessariamente significa que uma tecnologia será implementada na prática. Muitas vezes, tais documentos são obtidos para que as empresas possam proteger suas invenções ou lucrar com elas por meio de licenciamento. Mas, nesse caso, a ideia parece boa demais para ser verdade e o fato dela se encaixar perfeitamente na atuação corrente do Facebook é um forte indício de que a veremos sendo utilizada pela própria companhia em um futuro bem próximo.

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Fontes: Venture Beat, United States Patent And Trademark Offices