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Facebook e Instagram vão liberar temporariamente discursos de ódio contra russos

Por| Editado por Claudio Yuge | 10 de Março de 2022 às 21h10

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Brett Jordan/Unsplash
Brett Jordan/Unsplash
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O Facebook e o Instagram, ambos pertencentes a Meta, estariam planejando liberar temporariamente permitindo seus usuários em certos países a realizarem postagens incitando a violência contra soldados e a população da Rússia, no contexto da invasão da Ucrânia. As informações são da Reuters, que afirmar ter acessado e-mails internos da empresa.

Segundo as informações compartilhadas pela Reuters, essa mudança temporária na política de ódio das plataformas da Meta valerá para a Rússia, Ucrânia, Polônia, Romania, Estônia, Geórgia, Hungria, Azerbaidjão, Letônia, Lituânia e Eslováquia. As postagens só serão permitidas caso elas não contenham indicadores de credibilidade para possíveis ameaças, como lugar ou método que os autores pretendem utilizar.

Além da incitação a violência contra russos, postagens pedindo a morte de Vladmir Putin, presidente da Rússia, e Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, também serão temporariamente permitidas.

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A mudança na política ocorre poucos dias após a Rússia anunciar o bloqueio de algumas redes sociais no país, como o Twitter e o Facebook, após essas plataformas terem começado a restringir o acesso de veículos russos de informação.

O Canaltech entrou em contato com a assessoria de imprensa da Meta, que nos enviou o seguinte posicionamento:

Como resultado da invasão russa da Ucrânia, estamos temporariamente permitindo formas de expressão política que normalmente violariam nossas regras – por exemplo, discurso violento como 'morte aos invasores russos'. Não permitimos ameaças reais de violência contra civis russos.

Além do pronunciamento acima, Nick Klegg, presidente de assuntos globais da Meta, fez uma postagem no Twitter explicando com mais detalhes a situação, afirmando que a mudança na política visa proteger o direito de expressão de populações como uma demonstração de autodefesa em reação a uma invasão militar em suas nações. O executivo também afirma que a empresa não tem nada contra os russos, e que a decisão se trata somente de uma medida temporária ocasionada por circunstâncias extraordinárias. 

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Fonte: Reuters