Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Facebook detalha sua atuação no combate às notícias falsas

Por| 23 de Maio de 2018 às 16h55

Link copiado!

Reprodução
Reprodução
Tudo sobre Facebook

O site de notícias Wired teve acesso preferencial a três importantes anúncios sobre as medidas do Facebook para lidar com as notícias falsas que tanto ameaçam o bem-estar do ambiente virtual. Em conversa com oitos funcionários da rede social, entre gerentes de produto e engenheiros no News Feed, o site trouxe algumas revelações sobre as informações inverídicas e a forma que os algoritmos da rede social atuarão sobre elas.

O primeiro anúncio feito pelo Facebook diz respeito a parcerias que a plataforma fará com acadêmicos e pesquisadores interessados em estudar o fenômeno das fake news. Os cientistas aceitos pela plataforma vão obter dados preciosos para estudar a propagação de informações falsas, bem como seus efeitos e intuitos, além de serem pagos pela pesquisa. A população de usuários, por sua vez, receberá conhecimento acadêmico sobre como as notícias falsas afetam nossos cotidianos.

A segunda novidade proposta pela rede social é uma campanha educativa que será veiculada no topo da home do Facebook, que possivelmente é um dos locais virtuais com maior visibilidade atualmente. Lá, serão exibidos conteúdos didáticos ensinando aos usuários o que são as fake news e como combatê-las. Segundo análise feita pelo site Wired, o Facebook sabe que está em guerra e quer armar seus usuários com conhecimento para atuarem como aliados.

Já o terceiro anúncio, e o que parece trazer mais empolgação à equipe do Facebook, é um vídeo com 12 minutos de duração nomeado "Facing Facts", que em tradução livre significa "Encarando fatos". Estrelado por gerentes de produtos e engenheiros responsáveis pelos algoritmos do feed de notícias da rede social, o vídeo tem um tom confessional e apologético. O Facebook sabe que está errado e que a população sabe que ele está errado, mas quer consertar as coisas. "Foi uma coisa muito difícil e dolorosa", disse Adam Mosseri, que dirigiu o News Feed até recentemente, quando mudou-se para trabalhar no Instagram. "Mas eu acho que o escrutínio foi fundamentalmente uma coisa útil."

Continua após a publicidade

Encarando os fatos

No vídeo, as equipes de engenharia e de produtos explicam não apenas a importância de ações visando o combate às notícias falsas, mas também os desafios em gerir tais ações. Os escritórios do Facebook são abertos para os telespectadores, e informações técnicas sobre a rede que todos usamos cotidianamente são repassadas por quem é responsável por determinar como serão as políticas que farão parte de nossas vidas virtuais.

Dan Zigmond, executivo no Facebook, explica o tripé em que as medidas de combate à desinformação se sustentam: remover, reduzir e informar. Conteúdos que vão totalmente contra as políticas de serviço, como violência explícita, são removidas. Clickbaits e outras formas de distorcer a realidade dos fatos de forma a incentivar o lucro são reduzidas. E então temos as notícias que parecem suspeitas aos verificadores de conteúdos e a essas são adicionadas informações complementares, a fim de se combater a desinformação e fornecer ao leitor a capacidade de julgar por si próprio, mas com embasamento para tal.

Continua após a publicidade

O Facebook criou um banco de dados com todas as histórias sinalizadas como possivelmente inverídicas pelas organizações de checagem de fatos, desde 2016. Esses dados são combinados com outros sinais, como comentários feitos por usuários, procura por duplicação, independentemente do conteúdo da informação falsa ou de sua origem.

Durante anos, o Facebook privilegiou notícias que mexem com as emoções de seus leitores, como antes da vida virtual faziam — e ainda fazem — osd tablóides impressos. Uma matéria com o título "Donald Trump é um desastre para a inteligência artificial" chama muito mais atenção que uma matéria entitulada "Governo estadunidense pesquisa inteligência artificial". Agora, segundo Adam Mosseri, que trabalha no algoritmo da rede social, interações como acessos e curtidas serão menos levadas em conta pelos códigos que antigamente, dando lugar a fatores mais sérios que se relacionam com a qualidade de uma informação que o mero estímulo emocional imediato. "Dois bilhões de pessoas em todo o mundo estão contando com a gente para consertar isso", diz Mosseri.

Fonte: Wired, Facebook Newsroom