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Facebook derruba 51 contas falsas do Irã que espalhavam mentiras na rede social

Por| 29 de Maio de 2019 às 14h40

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Facebook derruba 51 contas falsas do Irã que espalhavam mentiras na rede social
Facebook derruba 51 contas falsas do Irã que espalhavam mentiras na rede social
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O Facebook removeu 51 contas, 36 páginas e sete grupos ligados ao Irã da sua plataforma nesta terça-feira (28). A empresa também retirou do Instagram, sua rede social de fotos, três contas falsas. De acordo com o Facebook, a decisão foi tomada após a identificação de um "comportamento não autêntico coordenado".

Isso significa que as pessoas que administravam as contas, páginas e grupos mentiam a outros usuários sobre sua identidade e o que eles estavam fazendo. O Facebook conta que as páginas iranianas se passavam por agências de notícias do Oriente Médio e tentavam fazer parecer que estavam localizadas nos Estados Unidos ou na Europa. Usuários do Facebook, incluindo jornalistas, políticos, acadêmicos e dissidentes iranianos, foram contatados por algumas dessas contas.

O chefe da política de segurança cibernética do Facebook, Nathaniel Gleicher, disse que um "pequeno número" de usuários receberá uma notificação da empresa para que saibam que estavam em contato com contas falsas. Ele não especificou a quantidade de usuários.

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Ao contrário de outras contas ligadas ao Irã que o Facebook detectou no passado, esta operação não parece se concentrar na criação de "perfis públicos de grande alcance" em sites ou plataformas de mídia social, disse Gleicher durante uma teleconferência. "Parte do foco desta operação parece ter sido um contato direto com indivíduos usando essas personas que eles adotaram", contou.

As contas, que compartilhavam postagens em inglês e árabe, publicavam tópicos como "figuras públicas e políticas nos Estados Unidos e Reino Unido, movimentos separatistas dos Estados Unidos, islamismo, minorias árabes no Irã e a influência da Arábia Saudita no Oriente Médio". Algumas das páginas que o Facebook removeu incluem New Persia, Republicanism for Great Britain e Ahwaz Saudi Channel.

As contas ligadas ao Irã conquistaram milhares de seguidores, mas não somavam tantas curtidas como contas anteriores derrubadas pelo Facebook. Neste caso, cerca de 21 mil pessoas seguiam uma ou mais páginas falsas. Outros 1.900 usuários participavam de grupos do Facebook criados pelas contas do Irã e 2.600 pessoas seguiram uma ou mais das três contas do Instagram.

De acordo com Gleicher, o Facebook não notificará os usuários que seguiam as contas removidas porque não quer "sobrecarregar" as pessoas com muitas notificações e levantar um debate sobre a utilidade da ferramenta.

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O Facebook disse que começou a investigar as contas, páginas e grupos ligados ao Irã depois de receber uma denúncia da FireEye, uma empresa pública de segurança cibernética.

Remoção de contas no Twitter

O Facebook não é a única rede social reprimindo contas falsas do Irã. No início de maio, o Twitter removeu mais de 2.800 perfis de sua plataforma. A atitude também foi tomada depois que a FireEye divulgou relatório mostrando que contas do Twitter eram usadas para personificar candidatos republicanos ao Congresso dos Estados Unidos e promover mensagens políticas pró-iranianas.

No documento, a FireEye ressaltou que a rede de contas do Twitter compartilhava mensagens que com temas "anti-sauditas, anti-israelenses e pró-palestinos". Uma das contas se passava pela candidata Marla Livengood, que perdeu uma eleição nos Estados Unidos em 2018 para representar o 9º Distrito Congressional da Califórnia.

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A maioria dessas contas falsas parece ter sido suspensa em maio. Um porta-voz do Twitter afirmou ao site CNET que a empresa não viu o relatório da FireEye antes de ser publicado e suas "investigações nas contas estão em andamento". "À medida que continuamos a investigar redes e atores em potencial, geralmente evitamos fazer declarações públicas declarativas até termos certeza de que chegamos ao fim de nossas análises", disse em comunicado.

Fonte: CNET