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Facebook começa a rotular fontes de notícias controladas por governos

Por| 05 de Junho de 2020 às 11h38

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O Facebook finalmente começou a exibir os alertas relacionados à presença de controle estatal sobre sites ou canais compartilhados de notícia na plataforma. A medida, anunciada há oito meses, mas que só agora teve sua aplicação iniciada, vem para garantir maior transparência da informação e combater a desinformação, com o usuário sabendo, de antemão, quando um veículo que está prestes a acessar possui algum tipo de comando governamental.

Os alertas já estão aparecendo para os usuários dos Estados Unidos e devem chegar em breve aos restantes dos países. Eles surgem no feed de notícias e também em postagens feitas em páginas ou grupos, além de estarem presentes em seções da rede social dedicadas à transparência. Anúncios também devem receber o mesmo tipo de tratamento, em um esforço contra a desinformação, mas com dinâmicas um pouco diferentes.

Nos EUA, por exemplo, anúncios patrocinados por agências ou empresas de mídia que tenham controle estatal não serão permitidos, em uma decisão que o Facebook chamou de “excesso de cuidado”. O motivo, claro, é a aproximação das eleições presidenciais de 2020, com a preocupação de que tais propagandas poderiam representar esforços de manipulação e influência.

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No comunicado em que fala sobre as mudanças, a rede social afirma ter trabalhado ao lado de um painel de 65 especialistas para definir exatamente o que é uma mídia controlada pelo estado. Experts em comunicação, governança e direitos humanos analisaram as missões de centenas de sites, suas estruturas organizacionais, financiadores e linhas editorias, principalmente no que toca a independência na publicação de informações, em busca de influência por agências oficiais.

Os casos positivos receberão o alerta, mas o Facebook já avisa que esse caráter pode não ser permanente, apesar de não divulgar exatamente por quanto tempo o aviso será exibido. A imprensa internacional cita exemplos sobre a diferença entre a BBC, que é financiada pelo governo inglês, mas mantém distanciamento dele, e a chinesa Xinhua, que é usada como vetor de propaganda política do país.

Uma lista completa de veículos marcados não foi divulgada, mas a rede social disse estar aberta a novas verificações e apelos. É o que acontece com a Al Jazeera, por exemplo, que já se posicionou contra avisos sendo exibidos em suas publicações devido ao fato de, segundo a emissora, ter um membro da família real do Qatar em seu quadro de diretoria. Apesar disso, o canal afirma ser uma iniciativa privada, sem relacionamento com o governo de sua nação de origem ou influência oficial.

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De olho nas pessoas

No final de maio, o Facebook também anunciou outra mudança relacionada à preocupação com as eleições de novembro nos EUA e seus esforços gerais contra a desinformação. Também no país, a rede social passará a dar atenção especial a perfis ou páginas que viralizem e apresentem crescimento súbito em sua popularidade, de olho em possíveis campanhas de fake news e manipulação de opinião.

O rótulo de “comportamento não-autêntico”, dedicado a perfis automatizados ou que não apresentem comprovações suficientes para serem considerados reais, serão exibidos ao lado das contas identificadas como problemáticas ou potencialmente perigosas. Além disso, serão aplicadas medidas de redução de alcance e distribuição das publicações, com os atingidos também podendo registrar apelos caso considerem que a interpretação da plataforma foi equivocada.

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Novamente, assim como no caso das marcações relacionadas à mídia estatal, esse controle deve aparecer primeiro aos usuários dos Estados Unidos. O Facebook disse, em ambos os casos, pretender expandir a proposta para outros países, mas por enquanto, não falou em prazos ou planos para isso.

Fonte: Facebook