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Facebook bloqueia página de Nicolás Maduro após "desinformação" sobre COVID-19

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 29 de Março de 2021 às 10h33

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Reprodução/Alex Haney/Unsplash
Reprodução/Alex Haney/Unsplash
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O Facebook congelou, no último final de semana, a página do presidente da Venezuela Nicolás Maduro, acusando o governante do país sul-americano de divulgar informações falsas sobre tratamento da COVID-19. O bloqueio durará um mês e acontece após a publicação de uma série de vídeos sobre o Carvativir, substância que Maduro acredita ser efetiva contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), mas que não tem eficácia comprovada.

Desde o começo do ano, o presidente afirma que o Carvativir é uma substância oriunda do tomilho e “milagrosa” contra a COVID-19, sem efeitos colaterais. Não há, contudo, evidências científicas de que ela funcione para combater o vírus. Nos vídeos, Maduro diz que o Carvativir “é algo que pode prevenir ou que pode garantir a recuperação contra a COVID-19”.

Por conta disso, o Facebook bloqueou o perfil de Maduro na rede social: “Estamos seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que diz que não há uma medicação atual que cure do vírus. Por conta de repetidas violações às nossas regras, estamos também congelando a página por 30 dias”, disse a assessoria de imprensa do Facebook à Reuters.

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A empresa afirma que a página de Maduro ainda vai ficar no ar, mas somente para acesso do público. Ou seja, não será possível colocar novas publicações no espaço. Ainda, os vídeos e post sobre o Carvativir foram retirados.

"Totalitarismo digital"

Em resposta, o governo da Venezuela considerou a medida totalitária contra a liberdade de expressão do presidente. “Estamos presenciando a testemunhando o totalitarismo digital exercido por companhias supranacionais que querem impor suas leis em todos os países”, informou a comunicação do governo venezuelano.

Na nota, a administração venezuelana voltou a defender o Carvativir como uma produção de engenharia venezuelana e candidato a combater a pandemia. Contudo, os próprios médicos da região afirmam que a substância ainda não tem valoração científica como medicamente contra a COVID-19.

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Fonte: Reuters (12)