Facebook aproveita bloqueio do WhatsApp para divulgar Messenger
Por Felipe Demartini | 02 de Maio de 2016 às 17h27
Por mais que seja dono do WhatsApp, o Facebook está aproveitando a suspensão do aplicativo de mensagens em todo o território nacional para divulgar sua própria solução. Desde o começo da tarde desta segunda-feira (02), usuários da rede social no Android e iOS têm visto um anúncio que divulga o Messenger, software de troca de mensagens do serviço.
Na mensagem, o Facebook alerta a todos sobre a suspensão temporária do WhatsApp e sugere seu próprio mensageiro como alternativa. Assim como o companheiro, o Messenger também não exige uma conta na rede social, apesar de estar ligado diretamente a ela, e ter até mais funções, como chamadas em vídeo e o uso de figurinhas e emoticons especiais. A utilização é gratuita.
Apesar de fazer parte de seu rol de serviços, o WhatsApp opera de forma individual e, sendo assim, possui desenvolvimento e operações próprias. Isso faz com que o Facebook não se faça de rogado na hora de criar competição contra aquele que considera seu principal rival no mundo das mensagens. A decisão de separar definitivamente o Messenger da rede social, por meio de aplicativo próprio e sem a exigência de ter um perfil, por exemplo, seria uma das medidas relacionadas a esse posicionamento.
O WhatsApp foi bloqueado em todo o território nacional às 14h desta segunda, no horário de Brasília, após uma decisão judicial. A ordem veio da cidade de Lagarto, no estado de Sergipe, e está relacionada a uma suposta recusa do serviço em cooperar com investigações policiais, entregando dados e localização de usuários. Em resposta, o serviço afirma nem mesmo ter as informações solicitadas e, sendo assim, não poderia auxiliar da forma como pede a justiça.
A previsão é que o WhatsApp seja liberado apenas na quinta-feira (05), às 14h. Entretanto, ao contrário do que aconteceu em dezembro do ano passado, na primeira vez em que o software foi bloqueado no Brasil, ele continua funcionando em redes WiFi de algumas operadoras, como NET e a paranaense Copel. O acesso pelas conexões móveis de operadoras como Claro, Vivo e TIM, entretanto, foi mesmo impossibilitado.
Fonte: Facebook