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Crianças brasileiras usam o Facebook três vezes mais que o restante do mundo

Por| 29 de Janeiro de 2014 às 10h35

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Há quem seja contra a inclusão da tecnologia na vida das crianças. O que não dá para ignorar é que, graças a um mundo muito mais conectado que antigamente, o público tem acessado computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos cada vez mais cedo. E isso se reflete com grande impacto no Brasil em uma nova pesquisa realizada pela AVG, que afirma: quase todas as crianças do país com menos de 9 anos de idade possuem um perfil no Facebook. Saiu no jornal Folha de São Paulo.

O relatório levou em consideração 5.423 entrevistas on-line com pais em dez países – incluindo o Brasil, no qual cerca de 600 pais ou mães foram entrevistados para responder à pesquisa – em dezembro do ano passado. A partir dos questionários, os especialistas concluíram que pelo menos 97% das crianças brasileiras com idade entre 6 e 9 anos usam a internet, contra 89% da média dos demais países pesquisados.

No Facebook, a diferença de porcentagem é ainda maior. A taxa brasileira de crianças que estão na rede social de Mark Zuckerberg é de 54%, ou seja, mais que o triplo dos números dos demais países pesquisados (16%) e nove vezes superior aos da Austrália (6%). Vale lembrar que a idade mínima para ingressar no Facebook é de 13 anos, e a criação de um perfil para pessoas abaixo dessa idade deve ser supervisionada de perto pelos pais.

Falando nisso, o estudo mostra que 66% dos pais não impõem nenhum tipo de controle ou regras ao conteúdo acessados pelos filhos em tablets e computadores. Cerca de 12% das mães criam contas para os seus filhos maiores ou bebês e 47% delas consideram bom ou ótimo o uso de dispositivos móveis para o desenvolvimento da criança.

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"Vemos que os dados para o uso da tecnologia são mais altos no Brasil que em qualquer outra parte do mundo", diz Tony Anscombe, executivo de segurança da AVG. "A criança pode, querendo ou sem querer, entrar em um site e fazer uma compra. Imagine se meu filho acessa o aplicativo de e-mail, o do banco, publica uma foto errada – ele pode devastar minha vida profissional", completa.

Anscombe destaca que é necessário educar os pais sobre a importância de restringir o uso que a criança faz do PC e de dispositivos móveis para evitar problemas de privacidade. O especialista reconhece que a tecnologia é importante para a educação e a vida profissional desde cedo, mas acha inapropriado uma criança com menos de 10 anos ter o próprio tablet ou celular porque ela não tem maturidade suficiente.

A psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, também considera que a privacidade das informações da segurança é um dos principais problemas do uso não controlado da internet. "Funciona como na vida: o pai não deve deixar uma criança de 6 anos fazer certas coisas sozinha. Os pais devem acompanhar o uso da internet e impor limites, como permitir uma só foto no Facebook", conclui a profissional.