Universo Absoluto da DC estreia o Batman pobre e o Coringa que nunca ri
Por Claudio Yuge |
Eis que o alardeado Absolute Universe (Universo Absoluto) da DC Comics finalmente está entre nós. O equivalente ao Universo Ultimate da Marvel Comics vem para trazer uma continuidade recorrente em uma realidade alternativa à principal, com o propósito de ampliar as possibilidades narrativas dos ícones da casa, e, principalmente, oferece um ponto de entrada mais amigável aos leitores, sem a carga de um cânone quase centenário na cronologia.
Atenção para spoilers de Absolute Batman #1!
O Universo Absoluto foi lançado oficialmente em DC All In Special #1, publicado recentemente. A trama mostrou Darkseid planejando sua própria morte, escapando da realidade dominante da DC e de seu lugar fixo na ordem cósmica. Assim, ele se tornou uma espécie de Deus do Mal e contaminou um mundo conhecido como Elseworld.
Darkseid assumiu o controle, distorcendo a realidade até criar um mundo onde o mal é a força dominante e o heroísmo é "o vilão, a força oposta". Embora este mundo tenha seus heróis, eles são definidos por viverem em desvantagem, com Darkseid declarando que eles serão “o pequeno caos, e não o próprio sistema”.
Ou seja no Universo Absoluto veremos várias versões de personagens, eventos e locais em um situação mais extrema e caótica. E o primeiro vislumbre disso já é possível ver na primeira edição de Absolute Batman #1.
Batman pobre e Coringa que não ri
No Universo Absoluto, Alfred Pennyworth é um superespião que vai a Gotham City para observar a ascensão de uma gangue absurdamente violenta, os Party Animals, liderados por uma Máscara Negra que parece ter conexões com algum alienígena. Eis que, antes de entrar em ação, Alfred observa o surgimento de um certo vigilante que usa uniforme de morcego.
Aqui Bruce Wayne é um engenheiro civil que, quando criança, perdeu o pai, Thomas Wayne, que era professor da rede pública de ensino, em uma visita ao zoológico. Depois do evento traumático ele passou a treinar o corpo ao extremo, e, com a bolsa de estudos por conta do porte físico que o levou ao time de futebol americano na faculdade, Bruce se especializou em várias áreas, como Psicologia Criminal, Teoria Militar, Química, Mecânica e História Sociocultural.
Depois de retornar para Gotham, Bruce passou a trabalhar para a prefeitura, onde aprendeu tudo sobre os túneis de esgotos e a estrutura geral da cidade, inclusive todo o sistema de leis. Como um engenheiro brilhante, ele criou um traje que une algumas de suas próprias criações, como uma capa que enrijece de acordo com a forma que ele manuseia.
Em uma demonstração brutal de poder, o Batman Absoluto usou as lâminas das orelhas e braços de seu traje, que também revelou um grande machado no símbolo de seu peito. Ele simplesmente enfrentou sozinho dezenas de integrantes da gangue Party Animals, que, em certo momento, foram estrategicamente levados a uma armadilha explosiva pelo próprio herói.
Ao fim da primeira edição, também ficamos sabendo que Bruce Wayne perdeu somente o pai nesta realidade, então, sua mãe, a assistente social Martha Wayne, está viva. E, no epílogo, também vemos o Coringa Absoluto.
Nessa continuidade, Coringa é um bilionário que – assim como o Batman convencional – viajou pelo mundo aprimorando suas habilidades, e é chamado dessa forma porque, ironicamente, “nunca ri”. Esta versão do vilão treinou, e posteriormente massacrou, a Liga dos Assassinos de Ra's al Ghul. A trama o mostra visitando a equipe de uma fábrica de semicondutores, sugerindo que ele pode ser um magnata industrial.
Por enquanto, esse é um resumo bem curto do que Absolut Batman #1 mostrou. A HQ desde já é um dos melhores lançamentos do ano, e resta agora conferirmos também as estreias do Superman Absoluto e da Mulher-Maravilha Absoluta.
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