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Supergirl desenvolve um poder tão invasivo que chega a ser indecente

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DC Comics
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Desde que o Superman desenvolveu a visão de raio-x, nos anos 1940, esse poder já era considerado bastante invasivo, ainda mais em uma sociedade super careta em que as mulheres eram criticadas por usar saias acima do joelho ou roupas de banho que exibissem mais do que uma toalha pode cobrir. A DC Comics até impôs uma restrição para seu uso, bloqueando a habilidade em superfícies de chumbo. Agora é a vez de a Supergirl chocar a sociedade com algo que chega a ser indecente.

Ao longo dos anos, os roteiristas do Superman explicaram melhor que o herói precisa se concentrar especificamente na parte que pretende enxergar através de uma superfície, mas, mesmo assim, ninguém acredita no fato de Clark Kent nunca ter invadido a privacidade alheia, principalmente quando estava já de olho nos rebolados femininos.

Agora, então, a coisa escalou. A Supergirl, que, claro, também tem essa habilidade, conseguiu ser mais invasiva ainda ao combiná-la com outra capacidade sobre-humana. Em Supergirl: Woman of Tomorrow #4, lançado recentemente, o enredo continua a jornada de Kara e sua companheira Ruthye Marye Knoll pelas galáxias enquanto caçam uns bandidos bregas com nomes ridículos.

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Ao seguir o rastro de destruição dos criminosos bocejantes, Supergirl e sua amiga desfilam por vários planetas vandalizados pela trupe insalubre. Em um desses mundos a dupla encontra uma mãe em busca de sua filha. Sensibilizada com o desespero da mulher, Kara resolve evacuar nas convenções sociais e usa sua visão de raio-x combinada com sua supervisão, o que resulta na capacidade de realizar um teste de DNA instantâneo.

A trama consegue tornar o contexto ainda mais chulo quando Supergirl revira sepulturas e um vala comum com pilhas de mortos, profanando túmulos com extrema velocidade. Tudo isso enquanto ela simplesmente viola a privacidade de todos os defuntos ao atravessar vestes e os corpos com sua visão testadora de DNA.

Depois de depredar a dignidade de uma comunidade inteira, Kara finalmente encontra a filha da alienígena e atende a um estranho e contraditório pedido: a mãe solicitou que o corpo de sua pequena fosse tirado da vala comum para ser enterrado em uma cova separada — tudo isso ao custo do vandalismo das sepulturas de dezenas de presuntos.

Para não terminar tocando completamente o terror, a trama pelo menos traz uma interessante revelação sobre os poderes relacionados à visão dos kryptonianos: sempre que Kara usa sua visão de raio-X nela mesma, pode sentir o "formigamento que vem quando alguém está fazendo um raio-X em você com os olhos" — até então, presumia-se que essa capacidade fosse aplicada sem sinais externos, de forma mais sutil.

E como será a reação dos cidadãos, heróis e autoridades sobre essa indecente e invasiva nova habilidade que rompe a privacidade alheia com uma vulgaridade sem precedentes? É, vamos aguardar, um hora isso vai dar alguma treta.