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Jeff Dahmer | Conheça a HQ que conta a adolescência do Canibal de Milwaukee

Por| 28 de Setembro de 2022 às 22h40

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Abrams Comicarts
Abrams Comicarts

Dahmer: Um Canibal Americano é um sucesso absoluto na Netflix. A série conta com detalhes e bastante fidelidade a macabra trajetória de assassinatos do serial killer que ficou conhecido como “O Canibal de Milwaukee” no começo dos anos 1990, quando foi preso após matar 17 pessoas. A trama ficou ainda mais popular devido à interpretação de Evan Peters, que encarnou de maneira magistral a pele do infame criminoso. E, anos antes, a história em quadrinhos Meu Amigo Dahmer, que narra a adolescência do homicida, já havia sido adaptada para as telas.

O quadrinhista Derf Backderf estudou no mesmo colégio que Dahmer durante a adolescência. Segundo os relatos do próprio artista, ele foi um dos únicos a conseguir superar a barreira da timidez do colega de classe. Nos poucos momentos mais íntimos que estiveram juntos, Derf presenciou a solidão de Dahmer, assim com os problemas de seus pais; o fascínio pela anatomia de animais, comportamentos bizarros, entre outras coisas.

Todas as memórias que ele tinha de Dahmer só voltariam com força em 1991, quando ele viu aquele tímido e estranho amigo de colégio, com que já tinha dividido várias tardes de estudos e matança de aulas para jogar basquete, sendo preso sob acusação de estupro, necrofilia, canibalismo, entre outras atrocidades que são exibidas com detalhes na série da Netflix.

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Derf começou a escrever o roteiro de Meu Amigo Dahmer em 1994, logo após saber da morte de Dahmer na prisão. A primeira versão apareceu no formato de um fanzine, em 2002, com 24 páginas. Ao longo de 10 anos, o autor terminou o texto e os desenhos, em uma narrativa gráfica que completou 224 páginas. Em 2014, a edição francesa da HQ ganhou o prêmio de revelação no Festival de Angoulême.

Já em 2017, a HQ foi adaptada para um filme de mesmo nome, que, em português, foi traduzida para O Despertar de um Assassino. Veja o trailer da adaptação, que, embora tenha tentado ser fiel à obra original, não foi lá muito bem com o público e a crítica:

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Meu Amigo Dahmer ganhou prêmio e foi adaptado para as telas

O relato de Derf é bastante pessoal, e, além de suas próprias impressões, a partir das memórias que teve ao lado de Dahmer no colegial, reúne anotações antigas de seu caderno do colégio, assim como arquivos de mídia e do FBI.

É possível acompanhar melhor, por exemplo, como Dahmer era tratado como “atração” por outros alunos que faziam bullying, especialmente quando ele imitava um ataque epilético. Derf também relata os momentos estranhos em que seu colega mostrava a adoração por dissecação de bichos, assim como traços de alcoolismo.

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Os traços toscos, que lembram bastante os de autores da contracultura, da época de Robert Crumb, ajudam a construir uma atmosfera mais crua e, em muitas sequências, sombria — o que combina bastante com a própria trilha sanguinolenta que Dahmer construiria anos depois.

Para quem viu a série da Netflix e quer saber mais detalhes que passaram rapidamente sobre a adolescência de Jeff, a HQ é uma interessante jornada sobre as reflexões de alguém que cresceu ao lado de um jovem aparentemente comum; mas que mais tarde se tornaria um dos mais notórios e crueis assassinos seriais de todos os tempos nos Estados Unidos.

Meu Amigo Dahmer também foi lançado no Brasil, em 2018, pela DarkSide Books, e pode ser encontrado à venda no site da editora, assim como em comic shops, livrarias e redes varejistas. Você pode compra a publicação com desconto no Magazine Luiza.