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Heroína da Marvel é tão ofensiva que seria errado usá-la na série da Mulher-Hulk

Por| 28 de Setembro de 2022 às 21h40

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Entre altos e baixos, o seriado da Mulher-Hulk vem dividindo opiniões, e, embora tenha lá seus defeitos, traz bastante diversão, principalmente com os personagens obscuros da Marvel transitando entre as mensagens feministas. Contudo, uma heroína em especial, que já era zoada na época que foi criada, seria inadequada demais para ser usada na adaptação.

Na última semana, vimos no episódio seis de Mulher-Hulk um dos personagens da “Série D” da Casa das Ideias, o Senhor Imortal. Esse personagem fazia parte de um grupo ainda mais risível, chamado de Vingadores Centrais (ou Great Lake Avengers). E, ao lado do Senhor Imortal, também figuravam outros personagens igualmente irrelevantes; contudo, uma heroína se destacava por trazer aspectos questionáveis, mesmo para o gosto duvidoso de muitos autores e leitores nos anos 1990.

A década de 1990 foi marcada pela queda dos quadrinhos de super-heróis, e, em meio à crise, tanto a DC Comics quanto a Marvel Comics apelavam para mortes chocantes, personagens sexualizados e “poderes inesperados”. Foi aí que a Casa das Ideias vacilou na criação de Big Bertha, que também fazia parte do grupo do Senhor Imortal, os Vingadores Centrais.

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Em sua forma civil e “normal”, Ashley Crawford, baseada nas supermodelos da época (como Cindy Crawford e Ashley Richardson), era caracterizada como uma mulher sexy e sedutora. Já quando se “transformava” em Big Bertha, ela aumentava sua massa corporal em até 300 quilos, o que lhe conferia mais força e resistência, entre outras “vantagens”.

Isso por si só já trazia conotações negativas de contraste sobre os padrões de beleza e “brincava” com a obesidade — e ainda mostrava que, para ser mais poderosa, Ashley tinha que “pagar o preço” por meio de suas silhuetas. Calma que fica pior: para “voltar ao normal”, Big Bertha precisava vomitar toda a massa corporal. Não precisa nem ir longe para dizer como essa caracterização de mau-gosto simplesmente desrespeitava o sofrimento de milhares de pessoas acometidas pela bulimia.

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O seriado Mulher-Hulk, embora seja criticado, traz importantes questões do universo feminino — coisas que jamais seriam discutidas, por exemplo, naqueles anos 1990. E muita gente que leu os Vingadores Centrais na época, ao ver a aparição do Senhor Imortal, deve ter se lembrado de Big Bertha.

Ainda bem que a maioria dos espectadores sequer se lembra dessa personagem, que, nos anos 1990, já era considerada ofensiva. Imagine, então, atualmente: seria simplesmente inaceitável trazê-la de volta, ainda mais em uma série com o tom visto em Mulher-Hulk.