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Herói da DC protagoniza uma das histórias mais bizarras dos quadrinhos

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Reprodução/DC Comics
Reprodução/DC Comics

Histórias em quadrinhos podem ser bastante poderosas ao tratar de assuntos pesados de uma forma que uma mensagem forte chegue de maneira clara aos seus leitores. A DC Comics teve uma decisão acertada ao utilizar o herói Arsenal para tratar de assuntos como abuso de drogas, mas essa mesma história acabou gerando ramificações que criaram um dos momentos mais estranhos das HQs da editora.

Roy Harper é um personagem que foi criado em 1941, servindo como ajudante do Arqueiro Verde. Speedy, como era conhecido nos Estados Unidos, ou Ricardito, o infame nome escolhido para ele na tradução brasileira. O herói teve uma evolução interessante ao longo dos anos, culminando na história publicada em Green Lantern #85, de 1971, em que é revelado que Harper se tornou um viciado em heroína.

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Na época, a forma como o problema foi abordado pelos artistas Dennis O’Neil e Neal Adams foi bastante elogiada, mostrando Harper tentando se livrar do vício com a ajuda de amigos, mas sendo completamente abandonado pelo seu mentor, Oliver Queen.

O personagem acabou eventualmente deixando para trás sua identidade como Speedy/Ricardito, se tornando o herói Arsenal. Tudo lindo, mas o seu problema com drogas voltaria em uma das histórias mais equivocadas da DC Comics.

Batendo em bandido com gato morto

Em 2010, a DC Comics lançou um arco na revista da Liga da Justiça em torno de Arsenal. O personagem acabou perdendo um braço em uma luta contra o vilão Prometheus, que também assassinou a sua filha, Lian.

Isso fez um estrago considerável no psicológico de Roy Harper, culminando em um dos momentos mais errados da história da DC. Em Justice League: The Rise of Arsenal #3, o herói sai pelas ruas, sofrendo com a perda da filha, enquanto tenta se acostumar com um novo braço cibernético no lugar do membro cortado por Prometheus.

Arsenal acaba caindo novamente em seu antigo hábito de uso de heroína para tentar superar a dor. Até esse momento, a história poderia seguir em um rumo bastante interessante, abordando temas como a constante luta contra o vício, assim como o luto. Só que a história toma um rumo inesperado.

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Completamente drogado, Arsenal começa a ver sua filha ainda viva, mas sendo ameaçada por um grupo de bandidos. O herói vai para cima deles, lutando e derrotando todos, até que a alucinação acaba.

Arsenal é encontrado pelo Batman completamente alucinado, em cima de corpos desacordados, segurando um gato morto. O herói surrou pessoas com o animal, que em momento algum é revelado se estava vivo ou não no momento da alucinação.

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A trama prosseguiu com Arsenal ainda vendo uma versão zumbi de sua filha e tem a sua casa queimada. A história ficou bastante conhecida por ter abordado de maneira ridícula temas importantes, tentando chocar os leitores de qualquer maneira, sem um pingo de sensibilidade e acabou virando uma piada entre os fãs de quadrinhos.