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Guerra Civil II começa com debate e heróis assassinados

Por| 02 de Junho de 2016 às 22h21

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Guerra Civil II começa com debate e heróis assassinados
Guerra Civil II começa com debate e heróis assassinados

Guerra Civil II #1 chegou às comic shops americanas e lojas de quadrinhos digitais nessa semana mostrando um pouco do grande conflito que haverá entre Capitã Marvel e Homem de Ferro durante toda a saga. Da mesma forma que a primeira saga homônima, a cisão entre os super-heróis da Marvel vai além de combate físicos e ganha verdadeira relevância nos discursos dos principais personagens de cada facção.

SPOILER ALERT: O texto abaixo contém spoilers da primeira edição de Guerra Civil II.

Na trama, Ulysses é um humano como qualquer outro, até que as névoas terrígenas o tornam um inumano. Essa transformação desperta os poderes de clarividência recém-descobertos dele, assim tornando-o capaz de prever possíveis ataques à Terra. A Rainha Medusa e seus inumanos encontram o rapaz lidando com suas habilidades novas enquanto ele tem um transe que revela um ataque cósmico ao planeta.

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Os super-heróis se unem e conseguem se livrar do Celestial com um feitiço em conjunto de vários feiticeiros. Tony Stark aproveita a situação para comemorar mais um dia que eles salvam o mundo da destruição. Na festa, os inumanos apresentam Ulysses como o responsável por ter descoberto o ataque que estava prestes a acontecer e a partir daí o roteiro de Brian Michael Bendis começa a introduzir o contexto político de Guerra Civil II.

Carol Danvers, a Capitã Marvel, acredita que Ulysses deva participar da sua equipe, os Supremos, e usar seus poderes para prever o futuro, assim permitindo que o time sempre esteja mais preparado para cumprir a missão. Do outro lado, Tony Stark não acredita que tentar combater o futuro dessa forma seja o correto e que pode gerar problemas maiores do que soluções. É "Mudar o futuro " versus "Proteger o futuro".

O conflito ideológico entre os dois ganha proporções muito maiores quando Ulysses prevê a chegada de Thanos à Terra e informa à Capitã Marvel, que enfrenta o Titã Louco com seus Supremos, Inumanos, Máquina de Combate, que falece na mão do vilão, e Mulher-Hulk, que é hospitalizada em estado grave. Tony Stark não consegue lidar com a perda do melhor amigo e coloca a culpa em Carol Danvers.

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Mesmo que pareça uma saga muito mais focada em combate, principalmente realçada pelos excelentes desenhos de David Marquez, a trama política, no melhor estilo Minority Report, já ganha seu peso nas consequências que o uso dos poderes de Ulysses podem levar. É inevitável a divisão entre os super-heróis, principalmente pelas tragédias que podem fazer parte de alguns deles. Por exemplo, Peter Parker adoraria ter o conhecimento de que o Tio Ben seria assassinado e poderia deter o criminoso.

Outro ponto interessante é o recurso narrativo que Bendis repete em mais uma saga da Marvel. Em Dinastia M, a mutante Layla Miller foi criada exclusivamente para que seus poderes pudessem auxiliar os heróis a desconstruir a realidade criada por Wanda Maximoff. Dessa vez, Ulysses tem essa função. Na mesma saga, a Feiticeira Escarlate fazia a função de ser superpoderoso a gerar controvérsia de dois grupos de heróis.

Guerra Civil II não parece inovadora, mas tem um conceito bem desenvolvido em sua primeira edição, das sete principais, além dos especiais e spin offs pelas HQs mensais. Você compreende os anseios de quem prefere mudar ou proteger o futuro, é apresentado ao interessante Ulysses e ainda tem as belas artes de David Marquez. A Marvel só precisa tomar cuidado para não fazer com que sua grande saga de 2016 pareça um repeteco da primeira e crie um embate ainda mais político do que a obra antecessora.