Fera transforma o mais icônico dispositivo dos X-Men em uma arma
Por Claudio Yuge |
Já falamos por aqui como os X-Men vêm perdendo a fé no Professor X, inclusive que isso tem a ver com alguns dos membros originais trilhando um caminho mais próximo da vilania do que do heroísmo. E, agora, em uma nova HQ, o Fera mostra que realmente vem se afundando em uma espiral depressiva que pode levá-lo a um futuro estarrecedor.
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Atenção para spoilers de X-Force #42!
Em X-Force #42, lançada recentemente, vemos a sequência de uma trama em que uma versão mais velha de Quentin Quire, também conhecido como Kid Omega, levou a X-Force a mais de 1 mil anos no futuro. Neste mundo distópico, o Fera eliminou toda a população não mutante da Terra, exceto um pequeno grupo de humanos, usando implantes de vigilância para monitorar seus súditos o tempo todo.
Em uma pequena parte, a história revela que ele fez isso com o Cérebro, dispositivo usado por muito tempo pelos telepatas, especialmente Charles Xavier, para acessar a mente de várias pessoas em todo o planeta — pode-se dizer que é a mais icônica tecnologia dos X-Men. Esse Fera infernal disse, que o aparelho está no centro de sua tecnologia de vigilância.
O Fera vê suas ações como “obra de novos deuses”, e conclui dizendo que está de olho em todos, graças aos implantes, batizados de “Espada do Cérebro”; e que, quando as pessoas sabem que estão sendo observadas, elas se comportam.
Fera corrompe o Cérebro e desvirtua sua função original
Vale destacar que o Cérebro é a uma das mais antigas ferramentas dos X-Men; um poderoso dispositivo que pode digitalizar e detectar mutantes em todo o mundo. Na atual Era Krakoana, o Cérebro assumiu um novo papel, graças aos Protocolos de Ressurreição, que exigem a cópia exata da mente de um mutante — algo que somente essa tecnologia pode realizar.
Nessa nova versão, o Fera corrompeu seu uso original e até a extensão de sua utilidade na Era Krakoana para tornar o Cérebro no mais cruel e poderoso dispositivo de vigilância já visto. O que antes era uma ferramenta de segurança, libertação e renascimento, tornou-se uma arma de conquista e opressão — o que dá até para fazer um paralelo sobre os riscos e benefícios das tecnologias que usamos atualmente.
A edição termina com a X-Force e Deadpool encerrando o reinado de terror desse Fera de um futuro em potencial, libertando seus súditos de seus implantes de vigilância. Embora a situação tenha se resolvido, não dá para deixar de lado a ideia de que o membro original dos X-Men, que segue caminhando para esse mesmo destino terrível, ainda possa fazer o mesmo muito em breve.