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Exterminador do Futuro usa HQ para testar nova narrativa ousada

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Dynamite Entertainment
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A continuidade de Exterminador do Futuro está prestes a dar uma guinada radical que pode redefinir completamente sua narrativa em novos capítulos interessantes — ou acabar de vez com a saga. A edição mais recente da série canônica em quadrinhos propõe uma mudança ousada que pode até inspirar possíveis próximos filmes.

Atenção para spoilers de Terminator #9!

Atualmente publicada com revisão canônica pela Dynamite Entertainment, a série em quadrinhos acaba de exibir em Terminator #9 uma trama em que um dos temíveis T-800 se torna protagonista da história, colocando os humanos como antagonistas. E vai além: a estrutura narrativa conduz o leitor a torcer pelo ciborgue.

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A nova edição, lançada recentemente, mostra um grupo de soldados da resistência humana viajando do futuro para atacar a Cyberdyne Systems no passado. No entanto, o único obstáculo no caminho dos guerreiros é um guarda de segurança que se revela um T-800 disfarçado.

Essa inversão de papeis sugere que o T-800 não apenas desempenha papel central na história — ele pode ser o verdadeiro herói. Desde suas primeiras edições, a nova série vem se destacando por mostrar a perspectiva das máquinas, incluindo até uma “guerra civil” entre inteligências artificiais, aprofundando o universo de Exterminador do Futuro de maneira nunca antes explorada.

Em Terminator #9, os soldados humanos do futuro se mostram dispostos a eliminar qualquer um que possa esconder um ciborgue entre eles, inclusive civis inocentes. Na trama, vemos dois guardas serem atacados sem hesitação. 

Um deles morre, e o outro, que havia pedido para trabalhar naquele turno, não reage naturalmente,  humano: ele é um T-800. Esse robô, que deveria representar a ameaça, agora surge como protagonista, lutando para proteger uma instalação humana e, possivelmente, salvar vidas.

Exterminador do Futuro já flertou com essa ideia

Essa mudança transforma o tradicional embate “humanos versus máquinas” em um drama de guerra moralmente ambíguo, e não é assim uma ideia absurda ou totalmente surpreendente. Em O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final, filme de 1991, Sarah Connor tenta assassinar o cientista Miles Dyson, responsável pelo avanço da Skynet, mas desiste ao confrontar as consequências humanas de sua decisão

Vale destacar que, em toda a saga, há a reflexão de que os inimigos, na verdade, apenas refletem comportamentos sombrios e recorrentes das pessoas que os criaram. A diferença agora é que os soldados humanos da nova HQ não hesitam — eles atiram para matar. 

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O resultado é uma história que lembra a trama de Duro de Matar, mas com o papel do herói atribuído a um exterminador enfrentando um grupo de terroristas tentando alterar o destino da humanidade.

Essa abordagem pode ser encarada como um alinhamento ao atual momento sobre o avanço da inteligência artificial. Se, em 1984, James Cameron imaginava um futuro distópico dos agentes autônomos como uma ameaça distante, hoje as máquinas já são parte do cotidiano — e histórias mais complexas, com ambos os lados do conflito, soam muito mais pertinentes e verossímeis.

Veremos como o público reage a essa trama, e se ela realmente influenciará o futuro da franquia.

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