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Dinastia M | Conheça a saga das HQs que pode dar as caras na série WandaVision

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No começo da semana vimos o Disney+ divulgar de surpresa WandaVision, sua primeira série diretamente conectada com o Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Como suspeitávamos, a atração deve abrir muitas narrativas nos próximos anos do Marvel Studios, especialmente por conta dos poderes de manipulação de realidade da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). E, já nas primeiras cenas do trailer, vemos um easter egg que vai de encontro com uma saga nos quadrinhos: a Dinastia M.

Bendis foi escalado para tornar os Vingadores novamente relevantes. A Marvel queria os Maiores Heróis do Mundo como seu carro-chefe, já que os X-Men, que foram explorados à exaustão nos anos 1990, tinham perdido o fôlego e o rumo das histórias. Então, a ideia do roteirista foi, basicamente, destruir o grupo, para então reconstruí-lo. A melhor forma de você provar a importância de algo é mostrar o que acontece em sua ausência, certo?

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Foi o que aconteceu em 2004. Bendis assumiu Avengers #500, no evento chamado de Vingadores: A Queda. Na trama, Tony Stark volta a ter problemas públicos com alcoolismo, uma aparente invasão Kree está a caminho da Terra, a Mulher-Hulk fica em um estado selvagem parecido com o de Hulk e a sede da equipe explode, aparentemente matando o Homem-Formiga Scott Lang. Gavião Arqueiro e Visão também perecem, assim como Thor, em uma história paralela. Isso leva à dissolução do grupo.

Ao final de tudo, ficamos sabendo que tudo o que aconteceu tem o dedo da Feiticeira Escarlate, que sofreu sérios danos psicológicos nos anos anteriores a essa trama. Ela perdeu os filhos (em uma história complexa que rende uma outra matéria especial só para isso) e viu seu pai, Magneto, ser destruído; além do Visão ter encerrado o relacionamento após perder suas emoções em uma reconstituição. Some a isso tudo à manipulação do Doutor Destino nos bastidores e você tem Wanda em um estado descontrolado e muito perigoso.

Na sequência, Magneto e os X-Men tentam ajudar Wanda e recuperá-la de seus traumas com os poderes do Professor Xavier. Mas é claro que os Vingadores, depois de entenderem que Wanda foi responsável pelos eventos de A Queda, começam a debater uma maneira de neutralizar a Feiticeira Escarlate — talvez definitivamente. Pietro Maximoff, o Mercúrio, irmão de Wanda, logo leva essa notícia a Magneto, que esconde sua filha em um local seguro.

É aí que ela usa seus poderes em uma extensão nunca antes vista, alterando completamente a realidade de todo mundo na Terra.

Ascensão e queda da Dinastia M

A saga Dinastia M chegou, então, em 2005, como uma série limitada de oito partes com vários títulos conectados na Marvel Comics. Em uma nova realidade, os mutantes governam o mundo, enquanto os humanos são relegados a cidadãos de segunda classe. Quem dá as cartas é a “Casa M”, que tem como comandante Magneto e seus filhos, Pietro e Wanda, que está novamente ao lado de seus pequenos, os gêmeos William e Thomas. Outra filha do Mestre do Magnetismo, Lorna Dane, a Polaris, também faz parte dessa família.

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Os humanos com poderes, leiam-se os heróis que não são mutantes, são identificados como ‘sapiens’, e muitos deles ganham um status especial na sociedade. A então Miss Marvel é chamada de Capitã Marvel e se tornou uma celebridade. Nesta realidade, o Homem-Aranha é casado e tem um filho com Gwen Stacy, e seu Tio Ben ainda está vivo. Vários heróis e vilões têm seus status alterados, incluindo um Steve Rogers velho e um Doutor Estranho sem suas habilidades mágicas.

O único que parece se lembrar de tudo é Wolverine, devido ao seu incomum fator de cura. Depois de fracassar em alertar os X-Men sobre o que está acontecendo, Logan consegue a ajuda de um grupo rebelde liderado por Luke Cage e pelo Gavião Arqueiro. Com a ajuda da mutante Layla Miller, a resistência humana vai “despertando” vários heróis sobre o que realmente aconteceu.

Em um confronto final com Magneto, é revelado que ele manipulou a Feiticeira Escarlate para alterar a realidade da maneira com ele sempre achou que deveria ser. Wanda se sente novamente violentada e, furiosa com o ocorrido, ela faz o impensável até então: lança um feitiço final que determina o fim do nascimento de novas crianças com genes mutantes, com a icônica frase “no more mutants” (“chega de mutantes”).

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No final das contas, assim como continuou fazendo em Invasão Secreta e outras sagas posteriores, Bendis conseguiu “limpar” vários problemas de continuidade e mortes de personagens, com um “novo terreno”. Assim, a comunidade mutante, que tinha crescido demais nos anos 1990, voltou a ser muito pequena, de apenas 198 pessoas — e sem o nascimento de novos personagens. Vale destacar que foi uma forma do escritor driblar uma imposição interna de Ike Perlmutter, que proibiu a criação de mais propriedades ligadas aos X-Men na época, pois esses direitos estavam com a Fox, que começava a lucrar com os filmes.

A partir daí, muitos personagens que tinham morrido, como o Gavião Arqueiro (na forma de Ronin, algo que apareceu nas telonas), retornaram. Os mutantes voltaram a ser perseguidos por todo canto e passaram a se conectar mais com as histórias centrais dos Vingadores. E os eventos que escalaram a partir daqui também foram responsáveis pela treta Vingadores vs X-Men, entre outras histórias. Os Novos Vingadores, por exemplo, passaram a ter integrantes como Wolverine e Homem-Aranha.

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A Dinastia M também levou à Invasão Secreta, quando descobrimos que vários Skrulls estão disfarçado como governantes, heróis e vilões na Terra há décadas; e à formação dos Vingadores Sombrios, equipe liderada pelo ardiloso Norman Osborn. Os filhos de Wanda ganharam uma história mais consistente e passaram a ser indivíduos reais, e não frutos de sua manipulação de realidade. E, assim, Célere e Wiccano fizeram parte da primeira formação dos Jovens Vingadores.

E foi aí que começou também a dinâmica de afastar e reunir Thor, Capitão América e Homem de Ferro como pilares dos Vingadores. Quando os três estão juntos, a equipe é imbatível; mas quando estão separados, o grupo sofre derrotas desastrosas — algo que vimos também nos cinemas, certo?

Como a Dinastia M deve acontecer no MCU?

Assim como já vimos o Marvel Studios fazer até agora, é possível que vejamos apenas alguns dos elementos, pois, como dá para notar, não dá para converter tudo isso em WandaVision ou nos próximos filmes do cronograma da companhia. A projeção mais fácil de fazer no momento é que os eventos da série vão abrir mais portas do cantinho místico e, claro de realidade paralelas.

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Como já sabemos que WandaVision está conectada com Doctor Strange and the Multiverse of Madness, aguarde por possíveis integrações de personagens demoníacos, a exemplo de Mefisto; assim como a presença de versões de vários heróis de outras Terras — já tem gente falando que Tom Cruise vai aparecer como um Tony Stark de um mundo alternativo. Além disso, com mais um ato de um Vingador com consequências catastróficas, o terreno fica aberto para a criação dos Vingadores Sombrios nas telonas.

A explicação de Magneto como pai de Wanda e toda a treta mutante deve ser limada, mas não se surpreenda se o que acontecer em WandaVision tiver alguma influência na introdução dos X-Men no MCU. Afinal, como vimos, a Feiticeira Escarlate, embora Vingadora, tem muitas conexões com os Filhos do Átomo. Ela poderia, por exemplo, até mesmo ser a responsável pela proliferação do gene X, que ativa os poderes mutantes.

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E mais: como a abertura de realidades paralelas, crescem também as possibilidades para a chegada do Quarteto Fantástico (lembra que ela foi manipulada pelo Doutor Destino, arqui-inimigo da família de heróis?) e para uma possível transição do Homem-Aranha e das propriedades que estão com a Sony para o MCU e vice-versa.

Como dá para notar, WandaVision e os elementos de Dinastia M podem ampliar muito as narrativas e possibilidades para os próximos anos de MCU. E agora você sabe o porquê disso.

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