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Capitão América reafirma posição que defendeu na Guerra Civil em nova saga

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Reprodução/Marvel
Reprodução/Marvel

Guerra Civil é um dos arcos mais importantes dos quadrinhos da Marvel nos últimos anos. Sua premissa de heróis divididos sobre servirem ou não ao governo marcou época e também inspirou o terceiro filme do Capitão América, embora com grandes diferenças na trama. Em Devil's Reign nº 1, nova HQ da editora, vemos que o Capitão continua mantendo a mesma posição de independência que levantou na minissérie de 2006 e no filme de 2016.

Atenção: spoilers a seguir!

Na história, o prefeito de Nova York, Wilson Fisk (sim, o Rei do Crime), proibiu oficialmente todos os heróis e vigilantes da cidade de exercerem suas atividades. A Lei dos Poderes evoca, assim, a Lei de Registro de Super-Humanos vista na Guerra Civil original, onde heróis só podiam atuar se abdicassem das identidades secretas e servissem aos interesses do governo.

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Na verdade, a trama do escritor Chip Zdarsky e do artista Marco Checchetto é uma declaração de guerra do Rei do Crime ao seu arqui-inimigo Demolidor e seus colegas heróis. Fisk sabe que sua mente foi adulterada para esquecer que é Matt Murdock por trás da máscara do Homem Sem Medo, por isso quer recuperar essa informação a todo custo.

Além de proibir super-heróis, o vilão expõe seus segredos e ações mais sombrias para ganhar a aprovação da opinião pública sobre a lei. Além disso, recrutou uma nova equipe de Thunderbolts para prender qualquer herói que não as cumpra. O Homem-Aranha Miles Morales é um dos primeiros heróis a ser caçado, até que chega o Capitão América para salvá-lo e deixar clara sua posição: "Se uma lei precisa ser quebrada para salvar vidas, eu a quebrarei toda vez".

Vários dos heróis de Nova York são forçados a se esconder, e Demolidor pensa se não deveria se render ao Rei do Crime para parar o conflito. No entanto, Rogers o convence a resistir em vez de permitir que Fisk continue com o controle da situação. Novamente ele reitera aqui que sua posição ideológica sobre a atuação dos super-heróis não mudou ao longo dos anos.

Relembre a Guerra Civil

Na minissérie de 2006, escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven, a Lei de Registro de Super-Humanos é imposta pelo governo após um trágico acidente causado pelo grupo de heróis Novos Guerreiros. A regulamentação obriga os heróis a revelarem suas identidades e serem supervisionados pelo Estado. Com isso, a comunidade super-heroica divide-se entre aqueles que apoiam a Lei, liderados pelo Homem de Ferro; e os que são contra, liderados pelo Capitão América.

O filme Capitão América: Guerra Civil, de 2016, tem algumas semelhanças com o enredo acima. No roteiro, uma ação dos Vingadores acaba em um acidente que causa uma má repercussão contra a superequipe. A Organização das Nações Unidas prepara o "Tratado de Sokovia" para controlar os heróis, decidindo quando eles deveriam agir ou não. Como nos quadrinhos, eles se dividem ideologicamente, liderados pelo Homem de Ferro (pró-tratado) e Capitão América (contra).

Na HQ, Tony Stark foi pintado como o real antagonista da trama, chegando até mesmo a tomar decisões bastante questionáveis como controlar um clone do Thor que matou o herói Golias Negro em uma das lutas. Já no filme ele tem uma postura mais moderada, chegando até mesmo a uma trégua com o Capitão no ato final da trama. Além disso, uma trama paralela revelou que alguns heróis — principalmente Bucky Barnes, o Soldado Invernal — foram manipulados pelo Barão Zemo em um plano de vingança pela morte de sua família em Sokovia, durante os eventos do filme Vingadores: Era de Ultron.

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Fonte: ScreenRant