Batman revela o que une seus piores (ou melhores) inimigos
Por Claudio Yuge | 04 de Julho de 2023 às 16h17
Batman tem a melhor galeria de vilões dos quadrinhos, não somente pela quantidade e variedade, mas especialmente porque, de certa forma, a maioria representa algum aspecto sombrio de cada um de nós. E, em uma prévia da nova trama que a DC Comics colocará nas bancas em breve, o Homem-Morcego revela qual é a conexão secreta que une seus piores (ou melhores) inimigos.
Atenção para spoilers de Knight Terrors: Batman #1!
A DC Comics tem apostado ultimamente em alguns eventos menores, paralelamente às grandes sagas, para explorar o lado mais sombrio de seu universo. A pegada de horror deu certo com os mortos-vivos de DCeased, e, agora, a editora vem promovendo sua próxima minissérie com atmosfera de terror, chamada de Knight Terrors. O vídeo abaixo mostra do que se trata a história:
Em uma prévia de Knight Terrors: Batman #1, um flashback mostra Bruce Wayne e Alfred Pennyworth preparando um tanque de isolamento para ajudar Batman a enfrentar seus medos, de forma que suas fraquezas psicológicas não sejam exploradas por seus oponentes — ou se tornam armas mentais contra si mesmo.
Enquanto discute o experimento com o mordomo, Batman reflete sobre o que une seus maiores inimigos: de acordo com Wayne, a maioria de seus maiores inimigos compartilham como objetivo comum a busca por ataques que permitam a eles “entrar em sua cabeça” e manipular suas limitações psicológicas e emoções.
Para exemplificar isso, ele cita os jogos mentais do Coringa, os produtos químicos do Espantalho e vilões como Hera Venenosa, Chapeleiro Louco e o Doutor Hugo Strange — todos esses são especialistas em guerras cerebrais; e sempre tentam encontrar uma forma de controlar ou manipular os pensamentos de Batman.
Então Batman decide fortalecer suas defesas mentais e se isolar em um tanque por 24 horas. No entanto, a experiência se mostra muito angustiante, mesmo para alguém tão resiliente quanto Wayne.
Por que a mente de Batman é tão poderosa quanto o soco do Superman?
Já sabemos que muitos roteiristas usam a inteligência do Batman como um superpoder, já que ele consegue antecipar movimentos e se preparar adequadamente para diferentes cenários. Contudo, vale destacar que, depois de meados dos anos 1980, os aspectos psicológicos que definem o Cavaleiro das Trevas e seus vilões se tornaram ainda mais importantes.
O uso de substâncias que possam alterar a percepção do Batman sempre fez parte da mitologia do personagem, mesmo em suas histórias mais inocentes, nos anos 1940 ou 1950. Contudo, a mistura de drogas com a mente perturbada e obcecada de Bruce Wayne se tornaram ainda mais importantes para a reformulação de seu lado heróico.
Embora Batman não tenha superpoderes, o que mais o define atualmente é a capacidade que ele tem de pensar como um vilão, visitando os becos mais obscuros da mente de um assassino, sem se corromper. Nessa perspectiva, a capacidade que o Homem-Morcego tem de visitar o lado mais sombrio de um criminoso, sem perder sua sanidade, tornou-se uma habilidade tão especial quanto um soco do Superman ou a velocidade do Flash.
E esse aspecto psicológico, aparentemente, será bastante explorado em Knight Terrors, que começa a chegar às bancas gringas nesta terça-feira (4), a partir de Knight Terrors: First Blood #1.