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Batman: nova HQ traz revelações sombrias sobre o nome do herói

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DC Comics
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Bruce Wayne

A história de ascensão sobre o nome de Batman, uma figura misteriosa que aparece das sombras para caçar os criminosos incautos, é algo popularmente conhecido dentro das narrativas, assim como o crescimento de seu alter-ego até a formação do herói nas páginas lidas pelos fãs. Contudo, a percepção sobre isso tudo pode mudar com uma revelação feita em uma recente publicação da DC Comics.

A história de origem de Batman todo mundo já viu e reviu muitas vezes em revistas, filmes e animações: após a tragédia da morte de seus pais, o jovem Bruce Wayne caiu em depressão, e só conseguiu se livrar de seu lado mais sombrio quando viajou o mundo e treinou o suficiente para transformar vingança em justiça.

Em seu retorno à Gotham City, ele ainda estava no caminho para se tornar um herói, e Bruce percebeu que precisava se tornar algo diferente para combater os criminosos: o então bilionário, agora um mestre de artes marciais e detetive, notou que somente se transformando uma ideia macabra é que poderia amedrontar seus oponentes. Assim nasceu o Batman, uma figura temida em todos os becos escuros da cidade — e posteriormente, do mundo e até do Multiverso.

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Atenção, a partir daqui há spoilers para de Gotham City: Year One #1!

Contudo, uma nova minissérie lançada no começo de outubro mudou o passado dessa nomenclatura na cidade do Homem-Morcego. Em Gotham City: Year One #1, do escritor Tom King e do ilustrador Phil Hester, ficamos sabendo que o nome “Bat-Man” já era temido na cidade muito antes do início da trajetória de Bruce Wayne como o protetor da cidade.

Na trama, vemos um antigo personagem da revista Detective Comics, o detetive Slam Bradley, envolvido em um caso em que ele é acusado de estar envolvido no desaparecimento de Helen Wayne, uma tia perdida de Bruce que nunca havia sido citada antes nos quadrinhos. A avó de Bruce, Constance, mostra então a Bradley um bilhete do possível responsável pelo rapto de sua filha.

A carta, encontrada no quarto de Helen, pede um resgate de US$ 100 mil pela criança. O bilhete não traz assinatura alguma, apenas um desenho que forma o aparente símbolo de um morcego. A partir daí, o marido de Constance, Richard Wayne, avô de Bruce, passa a chamar o raptor de “Bat-Man”.

Como isso pode mudar os quadrinhos de Batman daqui para frente?

Tom King gosta de mexer nas motivações e no passado do Batman. Em outras tramas, ele insinua que o Homem-Morcego não mais cumpre sua missão para superar a tragédias dos pais: além de ter superado o trauma, uma das revelações polêmicas foi de encontro com a própria psicologia do herói, já que envolve o fato de ele gostar de machucar os bandidos — e não exatamente combater o crime.

Aqui, King mexe novamente com o passado do herói, já que, com a presença de uma figura ameaçadora chamada “Bat-Man” em Gotham City anos antes de Bruce reaparecer como o Batman que conhecemos, a cidade já temia uma figura que se escondia sob o símbolo de um morcego.

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A primeira mudança que isso traz é que Batman pode ter assumido esse nome justamente porque Gotham City já temia outra “lenda urbana” bem antes de ele ter reaparecido. Isso daria mais sentido à percepção que a cidade teve quando Bruce voltou com seu alter-ego, pois tanto os bandidos quanto o restante da população temiam previamente outra figura com o símbolo de um morcego.

Além disso, adiciona a Bruce mais uma “imagem inconsciente” do que ele se tornaria: como já vimos em outras histórias, ele caiu em um buraco onde viu vários morcegos, e seu próprio pai, Thomas Wayne, vestiu-se de morcego em uma festa. Então, seria mais uma razão para Bruce, quando estava formulando seu alter-ego, trazer de volta das lembranças do passado algo que o assustava — teria ele também feito uma homenagem intencional a um bandido que vitimizou sua própria família.

Para completar, isso abre o caminho para histórias de outros “Batman” anteriores a ele mesmo. Na fase de Scott Snyder, ficamos sabendo que Gotham City teve outras versões de um “Homem Pálido”, muito parecido com o Coringa, décadas antes do aparecimento do Palhaço do Crime como conhecemos. Então, seria uma forma de os maiores rivais da cidade já existirem, em um eterno duelo, muito antes das versões mais populares que conhecemos atualmente.

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O que isso quer dizer para o futuro do cânone de Batman na DC Comics, só os próximos anos de publicação podem realmente explicar. Mas não deixa de ser uma revelação intrigante e curiosa para as próximas temporadas do Homem-Morcego.