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As 10 melhores histórias de George Pérez de todos os tempos

Por| 12 de Dezembro de 2021 às 11h00

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Wikipedia/Creative Commons Luigi Novi
Wikipedia/Creative Commons Luigi Novi

O ilustrador norte-americano George Pérez é uma lenda viva dos quadrinhos de super-heróis e, no meio da semana, muita gente foi pega de surpresa com uma notícia bastante triste: o artista, de 67 anos, revelou sua luta contra um câncer de pâncreas, que, agora, está em fase terminal. Ele disse que tem uma estimativa de seis meses a um ano de vida. Nesse tempo deve realizar uma sessão de autógrafos para se despedir dos fãs.

Em uma emocionante postagem em sua página no Facebook, ele falou mais a respeito de sua condição. Abaixo, reproduzimos sua mensagem na íntegra e, para celebrar sua gloriosa contribuição para a arte sequencial, em especial nas páginas de super-heróis da Marvel e da DC, publicamos na sequência uma lista com seus 10 melhores trabalhos, com base em uma lista do pessoal do CBR.

"Para todos os meus fãs, amigos e parentes, é difícil acreditar que já se passaram quase três anos desde que anunciei formalmente minha aposentadoria da produção de quadrinhos devido à minha visão deficiente e outras enfermidades causadas principalmente por meu diabetes. Na época, fiquei lisonjeado com o número de homenagens e depoimentos que meus fãs e colegas me deram. Foi divertido na época, pensei. Agora, nem tanto. Em 29 de novembro recebi a confirmação de que, depois de passar por uma cirurgia para um bloqueio no fígado, tenho câncer de pâncreas estágio 3. É cirurgicamente inoperável e minha expectativa de vida é de 6 meses a um ano

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Tive a opção de quimioterapia e radioterapia, mas depois de pesar todas as variáveis ​​e avaliar quanto dos meus dias restantes seriam consumidos por consultas médicas, tratamentos, internações hospitalares e lidar com a burocracia muitas vezes estressante e frustrante do sistema médico, optei por apenas deixar a natureza seguir seu curso e aproveitarei todo o tempo que me resta, tão plenamente quanto possível com minha linda esposa de mais de 40 anos, minha família, amigos e meus fãs.

Há algumas coisas a serem resolvidas antes que eu parta. Já estou combinando com meu agente para reembolsar as artes que comecei e não conseguirei terminar. Apesar de apenas um dos meus olhos estar funcionando, eu ainda posso assinar meu nome. Espero fazer uma última sessão de autógrafos para deixar minha passagem mais fácil. Também espero fazer essa última aparição pública para tirar todas as fotos possíveis com meus fãs, para poder abraçá-los cada um deles. Eu quero me despedir com sorrisos e com lágrimas."

Confira a seleção, que, se não resume toda sua genialidade, ao menos homenageia e lembra arcos que fizeram os fãs rirem e chorarem muito com sua arte. Veja, em ordem decrescente.

10. Justice League of America #195-197

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A trama de "JLA and JSA vs. the Secret Society of Super-Villains" foi escrita por Gerry Conway e lançada em setembro de 1981. Além da capa memorável, esse arco trouxe para as revistas aquela atmosfera de rivalidade menos séria e mais cartunesca, nos moldes do sucesso do desenho Superamigos, que, embora ainda estivesse sendo exibido no Brasil, já era um hit nos Estados Unidos.

9. Avengers #149

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"The Serpent Crown Saga", publicada em abril de 1976, marca um dos melhores trabalhos no início da carreira de Pérez, e também é lembrada por ser um dos roteiros primorosos do escritor Steve Englehart, que se destacou bastante no título mensal dos Vingadores.

A trama tem de tudo, desde viagem no tempo até conflito com o Esquadrão Supremo (os análogos da Liga da Justiça da Marvel), e a formação clássica com Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Visão e Feiticeira Escarlate.

8. Avengers #161-162

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"The Bride of Ultron”, arco lançado entre julho e agosto de 1977, trouxe aos Vingadores vários dos elementos dramáticos que viriam a ser explorados nas décadas seguintes, como os problemas emocionais de Hank McCoy, o Fera, que dividia o tempo entre os X-Men e os Maiores Heróis da Terra; a introdução de Jocasta e a traição do Homem-Formiga Hank Py,.

E, claro, no meio disso tudo, ainda deu mais estofo ao vilão Ultron, que se tornou mais complexo e, depois disso, seria uma ameaça ainda mais pessoal e recorrente aos Vingadores.

7. Avengers Vol.3 # 1-4

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"The Morgan Conquest", que teve início em fevereiro de 1998, é marcado por um período em que os Vingadores estiveram em baixa, assim com a maioria dos super-heróis, ao longo da década de 1990. O roteirista Kurt Busiek trouxe de volta o básico da equipe de cada membro-chave, em um arco que pode ser considerado um novo começo.

Pérez sempre teve a habilidade de balancear bem o destaque de cada personagem em sua narrativa, e o seu equilíbrio aqui foi essencial para que a história, que envolve muitos subtemas dramáticos com cada herói, fosse bem-sucedida.

6. Wonder Woman #1-6

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"Gods and Mortals", de 1987, veio logo depois de Crise nas Infinitas Terras. E George Pérez foi quem escreveu e desenhou o reboot da Mulher-Maravilha que estabeleceu os elementos mitológicos de sua origem e família que são explorados até os dias de hoje.

Pérez conseguiu misturar bem as raízes da personagem com a mitologia greco-romana e definiu melhor a ambientação da ilha de Themyscira, assim como sua organização, coadjuvantes e vilões. Para muitos, é o melhor trabalho do autor.

5. Avengers Vol. 3 #19-22

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"Ultron Unlimited", de junhor de 1999, trouxe aquele que pode ser considerado a “trama definitiva” de Ultron. Mais uma vez ao lado de Busiek, Pérez agregou novos personagens aos Vingadores e escalou a importância do vilão feito de adamantium na galeria dos maiores oponentes do grupo.

Além de mostrar que é uma ameaça mortal para toda a equipe, a trama destacou um Ultron muito inteligente e estratégico, atuando em escala global com seus robôs, capazes de criar uma cidade para o próprio monstro de metal. Qualquer semelhança com o filme Vingadores: A Era de Ultron não se trata apenas de uma coincidência.

4. Hulk: Future Imperfect

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Lançada em 1992, essa história, que inicialmente não fazia parte do cânone e imaginava um futuro em que o Hulk se tornou um tirano, fez tanto sucesso que foi revisitada várias vezes e, recentemente, ganhou até uma “continuação”, mostrando como Banner se corrompeu.

A trama está entre as melhores histórias do roteiristas Peter David e Pérez foi quem conseguiu projetar tão bem como seria um futuro distópico, em que o Hulk mais velho, Maestro, comanda a humanidade em meio a tecnologia e elementos tribais.

3. New Teen Titans

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Dá para dizer que, antes de Marv Wolfman e George Pérez, os Novos Titãs não eram levados à sérios e eram tratados apenas como sidekicks dos principais heróis da DC Comics. Foi com essa fase incrível, especialmente com “The Judas Contract”, que tudo mudou, em 1984.

A história é cheia de reviravoltas e revelou um traidor entre os Titãs, assim como a origem do Exterminador e uma nova identidade para Dick Grayson, que ainda vivia muito sob a sombra do Batman. Depois disso, a equipe passou a ser mais respeitada, até mesmo pelos veteranos da Liga da Justiça.

2. JLA/Avengers

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Quando um crossover entre as duas maiores equipes das duas gigantes do mercado de super-heróis foi cogitado, o primeiro nome que veio à mente de todos foi o de George Pérez. Afinal, nenhum outro desenhista havia passado por momentos tão importantes em ambas as equipes em toda a história das publicações das duas editoras.

Além disso, Pérez sabe exatamente com balancear o peso de cada herói em sua narrativa, deixando claro o equilíbrio dos traços, do design e da caracterização, seja em suas próprias equipes ou no conjunto. O resultado foi um encontro épico, que até hoje nunca foi revisitado. A publicação foi lançada entre setembro de 2003 e março de 2004.

1. Crisis in Infinite Earths

Se você acompanha quadrinhos de super-heróis, é quase impossível que você não tenha ouvido falar de Crise nas Infinitas Terras. Foi o primeiro grande reboot de propriedades intelectuais no mercado do entretenimento e, até hoje, serve como referência para todos os maiores eventos da DC Comics — e até para as concorrentes.

Pérez se desdobrou nesse trabalho, desenhando paineis com dezenas de personagens, todos com suas próprias características bem definidas, inclusive aqueles que são parte de legados e possuem detalhes mínimos. E o que dizer da espetacular e emocionante capa em que o Superman chora a morte da Supergirl? Um verdadeiro clássico.