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Alan Moore revela o que sente ao renegar Watchmen e V de Vingança

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Novos leitores e cinéfilos que consomem Watchmen e/ou V de Vingança podem se perguntar: por que o nome do autor, Alan Moore, não está nos créditos das adaptações para o cinema e para a TV? Há muito sabemos que o escritor britânico não concordou com a abordagem dessas obras em outras mídias, e pediu para remover suas citações das obras — ele até mesmo inicialmente abriu mão da grana que ainda recebia em royalties.

Contudo, embora Moore já tenha falado algumas vezes sobre isso na época de cada adaptação, e também ao longo dos últimos anos, nunca ficamos sabendo realmente o que ele sente ao renegar duas de suas obras mais famosas — e duas das publicações mais importantes de toda a trajetória da Nona Arte.

Esse silêncio acabou recentemente, quando Moore falou sobre sua decisão de se afastar dos quadrinhos, e sua incursão na prosa com a coleção de contos Illuminations, em uma entrevista ao Gamesradar. “Rejeitei a maior parte do meu trabalho em quadrinhos, incluindo coisas como Watchmen e V de Vingança. A única coisa ativa que pude fazer foi renegá-lo, o que foi doloroso”, admitiu. “Coloquei muito trabalho, energia e muito amor em todos esses projetos, e foi como uma amputação rejeitá-los.”

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“Sim, tudo bem, fiquei bastante zangado”, reconhece Moore, “mas não penso sem razão”. E, no final das contas, em vez de deixar que essa questão o consumisse, embora renegar suas obras tenha parecido com uma “amputação”, também veio como um alívio. “Ao mesmo tempo, essa foi a única maneira de eliminar o veneno”, disse Moore, observando que não possui cópias dos títulos que abandonou e que nunca planeja revisitá-los.

Seu ressentimento em relação à indústria dos quadrinhos tem a ver também como o próprio mercado reagiu à sua desaprovação. “Mesmo pensando neles, tudo que tenho são lembranças de ter meus direitos de propriedade intelectual roubados e, quando reclamei disso, ser tipificado como um cara louco e furioso.”

Isso tudo, segundo Moore, desempenha um papel importante na atual decisão de se manter longe dos holofotes da Nona Arte. E é por isso que ele também se sente mais feliz em se dedicar à literatura, em trabalhos como Illuminations.