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10 HQs que agora fazem parte do cânone oficial da DC e você não sabia

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DC Comics
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Continuidade pode ser um problema e tanto para os artistas que trabalham com franquias e universos cheios de detalhes em décadas de cânone. E isso é especialmente mais difícil na Marvel Comics e DC Comics, que possuem uma cronologia oficial entre tantas realidades paralelas e linhas temporais alternativas em seus multiversos.

E como os chefes da Marvel e DC lidam quando há uma ótima ideia, mas ela não se encaixa exatamente no cânone oficial de certo personagem ou universo? Bem, atualmente, isso é melhor planejado, mas, no passado, ambas as editoras apenas isolavam essas histórias em uma realidade fora que poderia ou não estar na cronologia oficial.

Essa dúvida ajudava a dar mais liberdade para os escritores e desenhistas, contudo, algumas histórias ou ideias faziam tanto sucesso e se conectam tão bem com a continuidade que, ao longo do tempo, muitos elementos foram reaproveitados no cânone oficial.

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É claro que isso também causou muita confusão entre os leitores — e até entre os próprios editores e escritores. Então, em vez de tratar as histórias como “universo alternativo”, várias obras foram incorporadas no cânone. Entretanto, bastante gente ainda não sabe que isso aconteceu, e, abaixo, estão 10 HQs que passaram por esse processo e ainda são vistas como “realidade paralela” por muita gente.

10. Injustice

No game Injustice, lançado em 2012, Superman é levado ao limite quando é manipulado pelo Coringa e acaba matando acidentalmente sua esposa, Lois Lane, grávida. O Homem de Aço estabelece um sistema governamental totalitarista, que é combatido por rebeldes liderados pelo Batman.

A trama foi criada para o game, e as HQs inicialmente serviram como complemento para os fragmentos de história espalhados na trajetória de cada personagem no jogo de luta. E fez tanto sucesso que acabou ganhando mais edições e importância no Universo DC.

As recentes edições do título Adventures of Superman: Jon Kent, vimos o filho de Clark e Lois interagindo oficialmente com o universo de Injustice, que, assim, passou a fazer parte oficial da principal continuidade da DC.

9. Superman: Ano Um

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A HQ, escrita por Frank Miller e lançada em 2019, revê o início da carreira do Homem de Aço como herói na mesma realidade dos eventos vistos no clássico Batman: O Cavaleiro das Trevas, lançado em meados dos anos 1980.

A trama mostra como o Superman, que atuou na Marinha estadunidense, passou a usar seus poderes em prol do governo dos Estados Unidos. E aí presenciamos o começo do conflito com o Batman que um dia se tornaria a amarga figura de Batman: O Cavaleiro das Trevas.

Quando a publicação foi lançada, a DC estabeleceu que isso tudo ocorre oficialmente na Terra-31 de seu revisado Multiverso — ou seja, também se tornou canônica entre os mundos atuais da editora. Isso quer dizer que a Liga da Justiça pode, eventualmente, cruzar com essas versões nas revistas de linha.

8. Kamandi

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Kamandi: The Last Boy on Earth, de Jack Kirby, foi publicada entre 1972 e 1978 e mostrava um cenário pós-apocalíptico, em que os seres humanos viviam em um estado selvagem. O mundo era governado por animais inteligentes e evoluídos, após um evento chamado de “Grande Desastre”, mostrando a sobrevivência da humanidade como conhecíamos por meio de um adolescente denominado Kamandi.

Ao longo do tempo, esse mundo devastado e o próprio Kamandi foram citados em várias histórias de títulos como Brave and the Bold e Generations Forged; e até a revista mensal da Liga da Justiça, há alguns anos.

Há evidências de que as histórias de Kamandi sejam parte de um distante “ponto final” na cronologia oficial da DC, e o crossover mais recente com a Liga da Justiça mostrou que elas fazem parte da continuidade canônica.

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7. Conto da Tropa dos Lanternas Verdes

Alan Moore foi um dos autores a quem a DC Comics ofereceu liberdade criativa para explorar elementos “diferentões” nos anos 1980. E, em um dos contos dos Lanternas Verdes, chamado Tygers, o escritor mostrou um planeta estranho chamado Ysmault, lar de uma poderosa casta de demônios.

Pois bem, Geoff Johns aproveitou esse conto publicado em 1986 para incrementar a mitologia dos Lanternas Verdes em meados de 2000, revelando que se tratava de uma profecia da saga A Noite Mais Densa.

A presença de elementos desse conto na Guerra da Luz dos Lanternas Verdes precedeu a chegada de Nekron e dos Lanternas Negros, colocando-os oficialmente no cânone da DC.

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6. Lanternas Verdes: A Noite Mais Densa

Em A Noite Mais Densa, história do selo Elseworlds publicada em 1994, Bruce Wayne possuía um anel do Lanterna Verde, em uma trama que permaneceu surpreendentemente obscura até mesmo para a linha Elseworlds.

Contudo, os eventos dessa história foram citados durante a passagem de Grant Morrison e Liam Sharp no título mensal do Lanterna Verde, em 2020, quando Hal Jordan se uniu a uma série de Gladiadores Esmeralda de realidades alternativas. E um deles foi o mesmo Bruce Wayne de A Noite Mais Densa, que interveio para ajudar a equipe a salvar o dia.

Ou seja, Morrison tornou aquele mundo como parte do atual cânone oficial da DC.

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5. JLA: Rock of Ages

A série JLA de Grant Morrison, publicada em 1996, mostrou uma Liga da Justiça de uma futura Terra dominada por Darkseid. Embora a ideia tenha sido vista apenas como uma linha temporal alternativa, acabou servindo de base para a Crise Final, em 2009, escrita pelo mesmo Morrison.

E para quem ainda tinha dúvidas se essa trama tinha se tornado canônica, ela até mesmo influenciou o Universo Estendido DC (DCEU, na sigla em inglês) que vinha sendo criado por Zack Snyder no cinema. A cena em que Batman tem visões sobre a Terra sendo conquistada por Darkseid tem tudo a ver com isso.

4. O Relógio do Juízo Final

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Lançada em 2019, a minissérie em 12 edições O Relógio do Juízo Final mostra a interação dos personagens de Watchmen com a cronologia principal dos heróis da DC. A trama revela que o Doutor Manhattan teve influência determinante no reboot conhecido como Novos 52.

O retorno da “velha guarda” da Sociedade da Justiça e dos heróis do futuro da Legião dos Super-Heróis, juntamente com o conflito entre Watchmen e a Liga da Justiça, determinaram que tanto a Terra corrompida da equipe do Doutor Manhattan como os eventos vistos em O Relógio do Juízo Final são parte do cânone oficial.

3. Reino do Amanhã

Quando foi lançado em 1996, a minissérie escrita por Mark Waid e desenhada por Alex Ross fez um tremendo sucesso, sendo por muitos a conclusão definitiva para o Universo DC. A história se passa em um futuro distante, em que o Superman se aposentou e o mundo está em meio a confrontos violentos entre a geração mais jovem de heróis e vilões imprudentes.

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Ao longo dos anos, Reino do Amanhã começou a sangrar para a cronologia principal, inclusive com Magog, um dos principais personagens dessa HQ, sendo utilizado em histórias da continuidade oficial. Aos poucos, até o Superman mais velho dessa trama também começou a interagir com os títulos de linha — ou seja, já faz um tempinho que a obra é canônica.

2. Batman: A Piada Mortal

Embora a história original publicada em 1988 sempre tenha influenciado várias HQs do Batman, do Coringa e da BatFamília nos títulos da cronologia principal, a DC sempre mantinha mistério sobre ela ser canônica ou não.

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Contudo, a Batgirl passou a ter histórias como Oráculo na cadeira de rodas, como consequência de seu encontro com o Coringa em A Piada Mortal; e até o recente Batman: Os Três Coringas também explorou o que foi mostrado no clássico de Alan Moore.

Atualmente, o passado do Coringa e o que aconteceu em A Piada Mortal é considerado canônico na continuidade oficial da DC Comics.

1. Os Novos 52

Quando os Novos 52 vieram como um reboot da DC no começo dos anos 2010, muita coisa mudou e, aparentemente, várias coisas deixaram de ser canônicas. Como a reformulação não deu certo, os eventos Renascimento e a minissérie O Relógio do Juízo Final reintegraram elementos deixados para trás depois de Ponto de Ignição.

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Isso deixou os leitores em dúvida sobre a participação dos Novos 52 no cânone oficial da DC, mas, após todas as explicações e reintegrações, dá para afirmar que, sim, o reboot que não deu certo faz parte da atual continuidade.