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Tomada solar vai sair do papel? Veja o que falta para essa nova tecnologia

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Erick Teixeira/Canaltech
Erick Teixeira/Canaltech

O futuro com tomadas alimentadas por energia solar pode estar mais próximo do que se imagina. Um projeto chamado Window Socket, desenvolvido por designers do Instituto de Design de Seul, na Coreia do Sul, já é estudado há mais de 10 anos e tem tudo para se tornar realidade.

O aparelho tem o formato de um plugue comum e deve ser fixado em superfícies de vidro por uma ventosa. Ele captura energia através de pequenos painéis solares em sua traseira que, por sua, vez é armazenada em uma bateria interna de 1.000 mAh, capaz de alimentar dispositivos por até 10 horas após um carregamento completo com luz solar direta.

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Como funciona a tomada solar?

A simplicidade do design é seu ponto mais forte: encaixada em qualquer janela, vidraça de carro ou vidro de avião, ela converte a luz solar em energia elétrica, e já fica pronta para uso de forma independente da rede elétrica tradicional

Seu formato compacto e portátil, além da funcionalidade plug-and-play, destaca-se como solução prática para quem não tem espaço disponível para instalação de painéis solares convencionais. Somado ao fator sustentável, torna-se um produto revolucionário.

Os benefícios dessa inovação compacta

A principal vantagem da tecnologia é que ela pode oferecer energia limpa a pequenos dispositivos, como smartphones ou tablets, sem depender da rede elétrica. A mobilidade também é relevante: o produto pode ser levado em viagens, e oferece autonomia energética em emergências ou uso urbano, ideal para quem vive em apartamentos ou ambientes com restrições estruturais.

De certo modo, ela também pode promover economia, já que utilizá-la como ponto de energia no dia a dia implicaria em um consumo minimamente menor de eletricidade. Contudo, é fato que o dispositivo não serviria para uso contínuo e prolongado.

O que falta para se tornar realidade no Brasil

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Apesar do potencial, a tomada solar ainda é apenas um conceito, sem previsão de produção comercial. Seu desenvolvimento ocorreu como proposta de design, e ganhou destaque em competições como do site Yanko Design em 2013.

Para que se torne um produto acessível, é necessário superar desafios tecnológicos (como aumentar a eficiência de conversão e armazenamento) e regulamentares, especialmente no que tange à segurança elétrica e interferência em redes internas.

Por exemplo: sistemas similares de energia solar para varandas ganham tração no exterior justamente por serem acessíveis e simples de instalar — mas ainda precisam seguir normas elétricas específicas para prevenir riscos à rede ou aparelhos conectados.

Por isso, a tomada solar ainda é um projeto muito experimental, que está longe da perfeição

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Cenário global

Em países como Alemanha, milhares de sistemas solares "plug-in" (como os de varanda) já são uma realidade consolidada. Esses kits incluem painéis, inversores e conectam-se diretamente às tomadas, e facilita o acesso à energia limpa para moradores de apartamento

Nos EUA, sistemas similares já são testados em regiões como Utah, que flexibilizou a regulamentação para instalação residencial direta em tomadas — uma medida que ajuda a popularizar esses equipamentos. O avanço desse tipo de tecnologia é lento, mas efetivo.

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Para que a tomada solar deixe de ser apenas um protótipo de design e se torne um produto viável, é necessário investimento em tecnologia, certificação e regulamentação adequada. Se alcançado, pode ser mais uma ferramenta para levar energia renovável de forma prática e democrática a ambientes urbanos restritos, sem precisar de telhado ou muita burocracia.

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