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Review Xiaomi Mi 11i | Um poderoso Mi 11 com cara de Poco

Por| Editado por Léo Müller | 30 de Julho de 2021 às 12h15

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Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech

Anunciado no final de março deste ano como a versão global do Redmi K40 Pro Plus, o Mi 11i se junta aos topo de linha Xiaomi Mi 11 e Mi 11 Ultra como os principais smartphones da Xiaomi à venda no mercado. O celular é equipado com poderoso Snapdragon 888, além de tela Super AMOLED de 120 Hz e câmera principal de 108 MP.

Nos últimos dias, tive a oportunidade de testar o flagship da Xiaomi e compartilho, nos próximos parágrafos, as minhas impressões sobre o aparelho. Será que ele é tão bom quanto o Mi 11, já analisado aqui no Canaltech e o único da família à venda no Brasil? Continue a leitura para descobrir.

Prós

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  • Visual muito elegante e premium;
  • Tela Super AMOLED de qualidade;
  • Chipset Snapdragon 888 poderoso;
  • Conjunto fotográfico decente.

Contras

  • Não está à venda no Brasil;
  • Preço alto demais para importar;
  • Bateria não se destaca.

Confira o preço atual do Mi 11i

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Construção e design

O Mi 11i segue o projeto de outros aparelhos da Xiaomi, como todos os Redmi K40, o Mi 11X e o Poco F3. A traseira de vidro Gorilla Glass 5 com tons escuros e acabamento reflexivo é muito bonita, mas acumula bastante marcas de dedos. Também não há resistência contra água e poeira, embora a marca prometa uma construção mais robusta à prova de respingos d’água.

O módulo de câmeras também é idêntico ao dos “irmãos gêmeos”, trazendo uma peça bem robusta com dois níveis de volume graças ao sensor gigante de 108 MP. Por isso, eu tomaria bastante cuidado com o conjunto fotográfico porque os sensores devem ficar mais suscetíveis a arranhões — a boa notícia é que a Xiaomi envia uma capinha de silicone na caixa.

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Nos dias que fiquei com o Mi 11i, o que me chamou foi o seu corpo relativamente grande e menos ergonômico em relação ao Mi 11. Embora os dois tenham basicamente o mesmo tamanho de tela, o modelo base tem as partes frontal e traseiras curvas, deixando a pegada mais firme.

  • Dimensões: 163.7 x 76.4 x 7.8 mm;
  • Peso: 196 gramas.

Diferentemente do Mi 11 e do Mi 11 Ultra, que possuem as laterais e a tampa traseira de vidro, o Mi 11i conta com uma moldura mais simples, de plástico. Todos os botões ficam na parte direita, além do sensor de impressões digitais, embutido do botão de energia. Durante os testes, o leitor foi bastante preciso, mas a sensibilidade é muito alta, fazendo com que o celular sempre acusasse que eu estava tentando desbloqueá-lo.

O Mi 11i é uma peça bastante robusta e elegante, mas seu tamanho avantajado o deixou menos ergonômico quando comparado ao Mi 11.
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Conexões e slots

Como se trata de um celular premium, temos um conjunto de conexões bastante atual. Isso inclui Bluetooth 5.2, NFC para pagamentos por proximidade, USB-C 2.0, 5G e Wi-Fi ax (Wi-Fi 6). Como mencionei acima, o Mi 11i não tem entrada para cartão microSD, portanto os dois slots servem para os dois chips de operadora.

Obviamente, não poderia deixar de mencionar a presença do sensor infravermelho na parte superior, que serve para controlar TVs e outros dispositivos remotamente. Essa é uma tecnologia quase exclusiva da Xiaomi, pois seus smartphones são uns dos poucos que ainda a possuem.

Tela

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Na tela, o Mi 11i é bastante parecido com o Poco F3. As 6,67 polegadas com resolução Full HD+ e tecnologia Super AMOLED entregam cores extremamente vivas, contraste infinito, ótima fidelidade de tons escuros e brilho intenso. A definição não é tão alta quanto a do Mi 11 padrão, mas a qualidade no geral é excelente.

Além disso, o Mi 11i conta com 120 Hz de taxa de atualização na tela, que deixa a navegação no sistema, aplicativos e jogos compatíveis muito mais fluidos. Curiosamente, pude perceber que o display não adaptou sua frequência muito bem ao conteúdo exibido, mantendo a taxa entre 110 e 120 quadros por segundo (fps) o tempo todo.

Apesar de ser um pouco mais simples que o Mi 11 na qualidade da tela, o Mi 11i traz alguns dos recursos do modelo mais potente, como o Super-resolução, que interpola a resolução dos vídeos, o MEMC, tecnologia de inteligência artificial que adiciona quadros adicionais em vídeos de baixa qualidade para melhorar a reprodução das imagens; e uma função que processa vídeos usando efeitos de HDR.

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A tela do Mi 11i é uma das melhores que eu já testei, entregando cores extremamente vivas, contraste infinito, ótima fidelidade de tons escuros e brilho intenso. Os 120 Hz de refresh rate é outro destaque, embora não seja adaptativa.

Configuração e desempenho

Equipado com o poderoso Snapdragon 888, o Mi 11i é um dos smartphones mais potentes do mercado e não há nada que ele não consiga rodar com excelência. Testei diversos jogos pesados, como Genshim Impact, Dead By Daylight, Asphalt 9 e League of Legends: Wild Rift, e o celular conseguiu executar sem sinais de lentidão e travamentos.

Se você busca desempenho, o Mi 11i é um dos mais poderosos do momento com seu chipset Snapdragon 888. No Brasil, o único com o processador é o seu irmão, o Mi 11.
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Em aplicativos e multitarefas, os 8 GB de RAM também seguraram muito bem, mostrando um ótimo gerenciamento de memória. O modelo que testamos possui 256 GB de armazenamento interno, mas o smartphone também pode ser encontrado com 128 GB. Vale lembrar que não há possibilidade de expansão de memória.

Para os fãs de benchmark, o Mi 11i fez excelentes 1.128 pontos no teste de núcleo único e 3.560 pontos no teste de múltiplos núcleos na plataforma Geekbench 5. Os resultados são bastante superiores em relação a outros modelos premium, como a família Galaxy S21.

Sistema e interface

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O Mi 11i já chega equipado com o sistema operacional Android 11 rodando a nova interface MIUI 12.5, também presente no Mi 11. O software possui ícones amigáveis, animações suaves e elementos minimalistas, o que agrada. A gaveta de aplicativos, por sua vez, se destaca por agrupar os programas de acordo com sua categoria, como comunicação, entretenimento, fotografia, compras e jogos.

Não só isso, mas a MIUI é uma das modificações do Android que mais deixam o usuário personalizar uma série de elementos do sistema, indo desde fontes à forma dos ícones. Além disso, não identifiquei nenhum anúncio ao navegar pelo sistema.

Câmera

O Mi 11i tem três câmeras traseiras, lideradas por uma com sensor gigante de 108 MP. As outras duas são ultrawide de 8 MP e macro, de 5 MP. Para selfies, o smartphone traz um sensor frontal de 5 MP.

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Durante os testes, percebi que o Mi 11i é bastante parecido com o seu irmão mais potente no geral. Em ambientes com boa iluminação, as fotos têm altos níveis de detalhes, cortesia do sensor maior, e o pós-processamento da Xiaomi é excelente, deixando as imagens ainda mais vivas e prontas para serem postadas nas redes sociais.

O software da câmera também faz um modo retrato bem competente, destacando o objeto principal sem falhas nos contornos e mantendo o desfoque de fundo natural. O mesmo pude perceber com a câmera macro, apresentando boa definição mesmo com seus 5 MP e um desfoque de fundo feito por IA que agrada.

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A câmera ultra-angular do Mi 11i é um pouco pior quando comparada com a do Mi 11, com menos detalhes e alcance dinâmico limitado. Ainda assim, o pós-processamento da Xiaomi consegue atuar muito bem por aqui, deixando as cores mais vivas e que saltam aos olhos, características ideais para postar direto nas redes.

Quando a noite cai, o Mi 11i se destaca pelo seu chipset mais avançado, que traz um processador de sinal de imagem capaz de tirar ótimas fotos em ambientes noturnos. Os resultados que consegui tiveram poucos ruídos, definição aceitável e níveis de detalhes aceitáveis.

Em selfies, os 20 MP do Mi 11i são os mesmos do Mi 11 tradicional. A definição é excelente e o software conseguiu lidar com balancear a exposição mesmo contraluz. Assim como no irmão, percebi que há um filtro embelezador de rosto, mas não chegou a incomodar.

Em vídeos, o Mi 11i também repete a boa performance do seu irmão. Tanto em ambientes ensolarados quanto noturnos, a câmera grava com qualidade e estabilidade acima da média na resolução 4K a 60 fps. Os recursos de IA presentes no Mi 11 também estão presentes, "zoom mágico", que recorta e faz um efeito de aproximação apenas do fundo, e o time-lapse noturno, que permite fazer gravações em alta velocidade à noite sem perda de qualidade.

Sistema de som

Com relação à qualidade sonora, o Mi 11i é muito bom, mas não melhor que o Mi 11, um dos melhores que já testei. São dois alto-falantes que entregam uma ótima definição e frequências muito equilibradas. Um ponto negativo é que o volume máximo não é tão alto quanto o do irmão, mas é agradável tanto em músicas quanto em transmissões ao vivo.

Bateria

Na bateria, o Mi 11i não se destaca positivamente, muito disso devido ao seu processador mais esquentadinho. Reproduzindo um filme de três horas na Netflix, com brilho em 50% e tela em 120 Hz, o celular foi de 100% para 73%, uma autonomia boa, mas um pouco abaixo do Mi 11. Teoricamente, o celular poderia aguentar uma série de 11 episódios de uma hora de duração cada.

Outro teste que realizei foi reproduzindo um dia normal de uso, com 30 minutos de jogos, 20 minutos de redes sociais, 30 minutos de Twitch e finalizando com 30 minutos de vídeos no YouTube, mantendo o brilho em 70% e a tela em 120 Hz, o aparelho foi de 100% para 69%, mostrando que ele deve se sair bem em multitarefas.

O Mi 11i conta com um carregador de 33 W na caixa, um downgrade em relação ao Mi 11, que tem 50 W. A velocidade de recarga, ainda assim, é surpreendente, levando cerca de uma hora para sair de 10% para 100%.

Concorrentes diretos

O Mi 11i é um smartphone premium e tanto, mas a Xiaomi conseguiu enxugar alguns recursos e tecnologias para oferecê-lo a um preço mais competitivo. O modelo que testamos, com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento, foi lançado por 699 euros, o equivalente a R$ 4,2 mil em conversão direta sem considerar os impostos de importação.

Aqui no Brasil, por esse preço é possível encontrar os modelos Galaxy S21 e S21+, que possuem chipset e construção ligeiramente inferiores em relação ao Mi 11i. Apesar de não trazerem uma câmera de 108 MP, os aparelhos da Samsung são melhores para fotos e também oferecem uma interface muito mais otimizada com garantia de atualização até o futuro Android 14.

Conclusão

O Mi 11i é um topo de linha muito competente que não deixa a desejar em nenhum departamento: a tela Super AMOLED de 120 Hz é uma das melhores do mercado; o chipset Snapdragon 888 roda todos os jogos e aplicativos da Play Store sem problemas; as câmeras são bastante próximas às do Mi 11 tradicional; e o carregamento é bem rápido, mesmo que não traga os 50 W do irmão.

Talvez o principal problema do Mi 11i seja a sua indisponibilidade no mercado brasileiro, fazendo com que o usuário tenha que importá-lo. Eu não recomendaria a compra de um aparelho acima de R$ 4 mil da gringa que, primeiro, não teria garantia no Brasil, e, segundo, poderia ser taxado em 60% do valor do produto, o que subiria bastante seu preço final.

Dos seus concorrentes à venda no Brasil, o Galaxy S21 e o S21+ são opções tão boas quanto o aparelho da Xiaomi, e você ainda leva para casa todos os benefícios de um produto certificado pela Anatel e o suporte da Samsung.

Ainda assim, pretende importar o Mi 11i? Compre no link abaixo com segurança!